GENEBRA (Reuters) – Ataques aéreos da Rússia e de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos mataram civis em larga escala na Síria no ano passado, e o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, realizou ataques com armas químicas proibidas na região rebelde de Ghouta Oriental, disseram investigadores de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.
Combatentes do Estado Islâmico e de outros grupos insurgentes também cometeram crimes de guerra, inclusive realizando ataques fatais contra civis e os usando como escudos humanos, disseram os investigadores em seu relatório mais recente de um período de seis meses encerrado em 15 de janeiro.
O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que preside a Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria, disse que o documento chegou em um “momento muito sombrio deste conflito”, já que os combates se intensificaram em Idlib, Afrin e Ghouta.
Mas a comissão “não é um tribunal” e não tem poder para levar as investigações adiante, explicou em uma coletiva de imprensa.
Durante este período, “as vítimas do conflito sírio sofreram enormemente, já que a violência atingiu novos patamares em todo o país”, disse o relatório. “As forças do governo (sírio) continuaram a usar armas químicas contra combatentes de grupos armados em Ghouta Oriental”.
(Por Stephanie Nebehay)