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Pesquisa da EY mostra que empresas pretendem vender ativos para reduzir dívidas

Um estudo feito pela EY com mais de 1.000 executivos de todo o mundo revela as estratégias das empresas para superar os efeitos da crise do novo coronavírus e as oportunidades que deverão surgir. Entre as companhias da América Latina, 100% indicaram que venderão ativos para reduzir dívidas e 60% já planejam revisar seus portfólios. “Com um ambiente fortemente afetado pela crise e limitadas opções de alocação de capital, as empresas devem focar na gestão estratégia de seus ativos e melhorar a execução dos desinvestimentos para garantir a saúde futura de seus negócios”, comentou Fabio Schmitt, sócio de Transações Corporativas da EY. “Acionistas em geral e principalmente os ativistas vão cobrar um plano sólido de resposta à crise, o que gera a necessidade de executivos estarem cientes de quais negócios devem permanecer no portfólio e quais devem ser rapidamente separados”, acrescentou.

Diante do cenário desafiador, uma das oportunidades que as vendas podem trazer é a de acelerar agenda da inovação. A avaliação da pesquisa da EY é que a crise vai intensificar a necessidade de aportes em áreas como automação, com 52% das empresas globais pretendendo financiar investimentos em tecnologia por meio de desinvestimento. “O período pós-crise se caracteriza por crescente competitividade com a tecnologia fazendo um papel disruptivo nos modelos de negócio e acelerando mudanças. Empresas que desinvestem protegem a habilidade de gerar caixa, possibilitando uma melhor performance”, apontou Fabio.

O levantamento também projeta uma forte onda de desinvestimentos no Brasil nos próximos 24 meses. A particularidade da região, conforme a sondagem, é que apesar da valorização do dólar frente ao real, que poderia favorecer as transações, a maioria dos executivos brasileiros acredita que a desaceleração econômica deve resultar em um maior gap de preços, uma diferença de até 20% entre o que esperam os vendedores e o que estão dispostos a pagar os compradores. “O Brasil está amadurecendo a cultura de desinvestimento estratégico. A rotina de avaliar o portfólio é nova nas empresas locais, mas a pesquisa mostra que os executivos estão cada vez mais cientes que uma boa gestão de capital requer análises e revisões constantes”, destacou o sócio da EY. “É preciso reavaliar os benefícios de possuir negócios não core e considerar potenciais parcerias estratégicas que possam gerir melhor os ativos, aumentando a agilidade e o valor das empresas, principalmente no cenário atual”, completou Fabio.

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