Pesquisa da KPMG com mais de 700 executivos de 11 setores da indústria revela as estratégias das empresas para a volta dos colaboradores aos escritórios. Segundo o mapeamento, cerca de 35% dos empresários brasileiros entrevistados disseram que o retorno dos profissionais aos espaços físicos deve ocorrer entre setembro e dezembro. Outros 21% voltam em agosto e apenas 9,4% no próximo ano. Questionados se a empresa adotará uma estratégia de retorno gradativo, 30,3% disseram que voltarão, inicialmente, com no máximo 30% dos profissionais. Esse quantitativo chegará até 50% dos profissionais para 27% das empresas. No movimento de reabertura, os executivos apontaram que as companhias vão implementar uma série de medidas para controle de acesso aos escritórios. A principal delas é obrigatoriedade do uso de máscara facial (91,5%), medição de temperatura (64,8%), questionário referente às condições de saúde no momento (49,7%) e aplicação de testes para covid-19 (26,1%). “As empresas estão buscando se adaptar a essa nova realidade, implementando medidas para que o retorno dos funcionários aconteça de forma segura. A retomada será gradativa até para que os gestores possam avaliar a efetividade da implementação desse processo”, observou André Coutinho, sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul. A sondagem também avaliou o impacto do trabalho remoto na produtividade dos profissionais. Quase metade dos empresários (49,5%) disse que a produtividade se manteve e, para 24,5%, houve um aumento de até 20%. Já para 10,8%, houve uma redução de até 20% na produtividade e para 5,6% a queda foi superior a 20%. “Outro ponto interessante diz respeito à produtividade. O levantamento mostra que houve uma boa adaptação ao home office, o que não era uma realidade dos trabalhadores brasileiros”, comentou Roberto Gomez, sócio-líder do Centro de Serviços Compartilhados da KPMG no Brasil.