Em entrevista ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) falou sobre a relação com o ex-assessor Fabrício Queiroz e também sobre o suposto esquema de “rachadinhas” em seu gabinete quando era deputado estadual. O filho do presidente Jair Bolsonaro admitiu pela primeira vez que Queiroz pagou suas despesas, mas negou qualquer irregularidade com a origem do dinheiro. “Pode ser que, por ventura eu tenha mandado, sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para ele, ele vai ao banco e paga para mim. Querer vincular isso a alguma espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco. Não posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?”, declarou. Questionado por que tantos assessores de seu gabinete deram dinheiro a Queiroz durante anos, Flávio disse que não sabia das movimentações e que pode ter sido “um pouco relaxado” ao não ter observado a atuação do ex-funcionário. “Ele fez um posicionamento junto ao MP esclarecendo essas questões. Disse que as pessoas que faziam os depósitos na conta dele eram da chamada equipe de rua. Queiroz afirma que pegava o dinheiro para fazer a subcontratação de outras pessoas para trabalharem em redutos onde ele tinha força. Sempre fui bem votado nesses locais. Talvez tenha sido um pouco relaxado de não olhar isso mais de perto, deixei muito a cargo dele. Mas é obvio que, se soubesse que ele fazia isso, jamais concordaria. Até porque não precisava, meu gabinete sempre foi muito enxuto, e na Assembleia existia a possibilidade de desmembrar cargos”, respondeu.