Ex-ministro da Educação e há pouco empossado diretor do Banco Mundial, Abraham Weintraub foi ao Twitter na noite desta sexta-feira (7) criticar a presidente-executiva da organização Todos pela Educação (TPE), Priscila Cruz, assim como os fundadores da entidade. Alguns deles já falecidos, como o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, a filantropista Zilda Arns e a professora universitária e ex-primeira-dama Ruth Cardoso.
Priscila Cruz (imagem abaixo) participou de um debate na TV Senado, na manhã de sexta-feira (7), sobre a volta às aulas durante a pandemia e o novo Fundeb. Weintraub não se preocupou com os temas, que afetam milhões de brasileiros. Sua atenção foi direcionada à suposta simpatia que Cruz teria pelo blogueiro Felipe Neto, que criticou o governo Bolsonaro em entrevistas e em um vídeo de repercussão publicado no site do The New York Times. Felipe Neto é alvo de uma campanha de ódio por parte da ala ideológica do bolsonarismo, sendo tachado de pedófilo em vídeos manipulados.
Abraham Weintraub escreveu: “Vejam os CPFs de quem manda no Brasil. “Todos Pela Educação” é um nome bonito, porém, a presidente Priscila Cruz considera Felipe Neto ótima influência para as crianças! Essa organização é das mais poderosas na Educação. Veja a lista dos fundadores.” Entre sócios fundadores estão alguns dos sobrenomes mais prestigiados e progressistas do mundo empresarial brasileiro: Feffer, Gerdau Johannpeter, Klein, Lafer Piva, Lemann, Marinho, Mindlin, Setúbal, Sirotsky e Villela, só para ficar em alguns. Em março, depois de ser criticado, o então ministro afirmou que Cruz, “fã de Paulo Freire” e de Drauzio Varella, tentava derrubá-lo do cargo.
A TPE tem como objetivos fundamentais ampliar e melhorar a educação básica no Brasil até 2022, quando será comemorado o bicentenário da independência. Um dos pilares do Banco Mundial, onde Weintraub atua, também é melhorar o ensino nos países em desenvolvimento. O ex-ministro deixou a pasta e foi viver nos Estados Unidos, onde evitará responder judicialmente pelas ofensas que proferiu contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante uma reunião de cúpula do governo.