O IBGE divulgou nesta terça-feira (1) que o PIB brasileiro teve uma retração de 9,7% no segundo trimestre de 2020. Essa é a segunda queda trimestral seguida e o menor resultado para a economia desde o início da série histórica, em 1996, segundo o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. Em valores correntes, a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil somou R$ 1,653 trilhão de abril a junho. O resultado é um reflexo dos efeitos do auge da crise do novo coronavírus. A pandemia forçou a paralisação parcial ou total da maior parte das atividades no país. O desempenho do PIB entre abril e junho foi puxado pelas quedas recordes de 12,3% na indústria e de 9,7% nos serviços. Já a agropecuária cresceu 0,4%, influenciada, principalmente, pela produção de soja e café. Pelo lado da demanda, o maior tombo, motivado pelo isolamento social, foi no consumo das famílias (-12,5%), que representa 65% do PIB. O consumo do governo recuou 8,8%. As exportações cresceram 1,8%, enquanto as importações contraíram 13,2%. No acumulado do primeiro semestre, a economia caiu 5,9% em relação ao mesmo período de 2019, com desempenho positivo da agropecuária (1,6%). Na indústria (-6,5%) e nos serviços (-5,9%) os resultados foram negativos.