O setor automotivo, que nos últimos 12 meses fechou 6,3 mil vagas, deve sofrer novos cortes até o final do ano. A maioria das demissões ocorreu durante o auge da pandemia do coronavírus, com 4,1 mil fechamentos de postos de trabalho, de acordo com dados compilados pelo jornal O Estado de S.Paulo. A redução de cerca de 40% na produção do setor – dos 3 milhões de veículos inicialmente previstos, 1,2 milhão não serão concretizados –, intensificará o enxugamento.
Os dados ampliam a preocupação com o desemprego em determinados segmentos da indústria. Na segunda-feira (14), a Sony anunciou o fechamento de sua fábrica em Manaus (AM), a partir de março de 2021, o que vai acabar com mais de 200 postos de trabalho. Voltando ao setor automotivo, a General Motors aplicou um plano de demissões voluntárias (PDV) em suas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos (ambas em SP) que resultou em 529 adesões, resultado bem inferior aos 1,7 mil funcionários que estão em lay off naquelas unidades. Já a Renault tem um PDV aberto para 747 vagas.