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Ata do Copom sinaliza que Selic deve continuar em 2% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (22) a ata da última reunião que interrompeu uma série de nove cortes consecutivos e manteve a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano – menor patamar da história. O colegiado avaliou que os indicadores recentes sugerem uma recuperação parcial da atividade econômica no país, ainda que setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permaneçam deprimidos. “A recomposição da renda e os demais programas do governo vêm permitindo que a economia brasileira se recupere relativamente mais rápido que a dos demais países emergentes. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, diz o documento. O comitê apontou que a inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo, puxada pela “alta temporária nos preços dos alimentos e pela normalização parcial do preço de alguns serviços em um contexto de recuperação dos índices de mobilidade e do nível de atividade”. “Os preços administrados devem apresentar variação contida, destacando-se o recuo nas tarifas de plano de saúde em setembro e a queda projetada para o preço da gasolina a partir de outubro”, acrescenta o comunicado. Sobre os próximos movimentos, o colegiado sinalizou uma baixa possibilidade de a Selic ser alterada. “O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, diz a ata. “O Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022. Essa intenção é condicional à manutenção do atual regime fiscal e à ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo.”

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