A base aliada do governo cobra o seu quinhão com os pedidos de recriação dos ministérios do Trabalho e da Indústria. O primeiro está acomodado na Secretaria de Previdência e Trabalho, sob o guarda-chuva da pasta da Economia, de Paulo Guedes, enquanto o outro seria recriado nos moldes do antigo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ambos iriam para as mãos de políticos do Centrão. A Economia hoje reúne Fazenda, Previdência, Trabalho, Planejamento, Indústria e Comércio Exterior, além de estatais.
Como resultado, o ministro Paulo Guedes sofreria uma “desidratação”, perdendo parte de seu status de superministro no aspectos “de facto” e “de jure”. Todavia, conforme apurou o portal Estadão, Guedes segue respaldado.
A recriação do Ministério de Trabalho e Previdência, antecipada pelo site Poder360, e a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão em discussão com o presidente Jair Bolsonaro. entre os cogitados para as pasta ressuscitadas estão o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), para a Indústria e Comércio. Para o Trabalho, a vaga segue cogitada para a base aliada, mas sem um nome definido.
Por trás dessa movimentação estaria a eleição da presidência da Câmara dos Deputados. O Centrão teria como candidato o deputado Arthur Lira (PP-AL). Em sua campanha, Bolsonaro afirmou que seu governo teria, no máximo, 15 ministérios. Hoje são 23.