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Adesão de juízes a paralisação atingiu 62% da categoria, diz associação

BRASÍLIA (Reuters) – A paralisação por um dia de juízes federais, que reivindicam melhores condições remuneratórias, teve adesão de 62 por cento da categoria, informou balanço final divulgado na noite desta quinta-feira pela Associação de Juízes Federais (Ajufe).

Dos 1796 juízes federais existentes no país, cerca de 800 participaram de atos públicos nos estados e no Distrito Federal e 1100 associados aderiram à paralisação.

Os magistrados decidiram protestar contra o eventual fim do auxílio-moradia e o que consideram “perseguição” em razão da remuneração da classe. A entidade considerou um sucesso o resultado do dia de paralisação.

“O que nos motiva é a retaliação que as instituições estão sofrendo. Nunca no Brasil houve investigação e condenação de pessoas poderosas, como ex-governadores, ex-presidente da Câmara e grandes empresários, e isso está causando uma reação”, disse o presidente da Ajufe, Roberto Veloso.

A principal queixa da categoria é a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, estaria dando um tratamento seletivo ao incluir na pauta da próxima semana apenas o julgamento do auxílio-moradia para a magistratura federal, em vez de discutir também uma ação que poderia estabelecer parâmetros para todos os benefícios pagos a magistrados.

Conforme o balanço final, houve atos públicos que contaram com protestos de juízes oriundos do Rio Grande do Sul, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Maranhão, Piauí e Goiás.

Não houve atos públicos no Paraná, Sergipe, Mato Grosso, Amazonas e Alagoas, mas parte dos magistrados dessas localidades chegaram a aderir à paralisação.

Pelos dados, houve grande adesão ao protesto no Ceará, Pernambuco e Piauí.

Alvo de fortes críticas, o pagamento de auxílio-moradia a juízes — no valor atual de cerca de 4.300 reais — tem se mantido desde setembro de 2014 por força de uma liminar concedida pelo ministro Luiz Fux. Com base nessa decisão precária, outras categorias têm recebido esse auxílio que já custou bilhões de reais aos cofres públicos, num momento de forte restrição orçamentária do país.

(Reportagem de Ricardo Brito)

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