O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro se aliou ao Centrão por “bom senso”, na expectativa de obter maioria no Congresso e, assim, mais governabilidade: “Fora o centro, ele teria a esquerda. Não é o caso de ter que ceder (à aliança). É apenas bom senso”. A declaração foi dada em entrevista à Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira (29).
Barros também disse que o presidente, ao adotar esse direcionamento, torna o governo de “centro-direita”: “Ele poderá, neste presidencialismo de coalizão, entregar seu programa de governo, pois terá maioria para isso. Ao fazer a coalizão e receber apoio desses partidos de centro, permite que pessoas destes partidos possam colocar em prática o programa partidário nas áreas em que o governo lhes convida para atuar”, completou.
E sobre a proposta de uma constituinte, após o ocorrido no Chile: “A proposta do plebiscito para a constituição é minha, pessoal, não tem nada a ver com o governo. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que constituinte não está na pauta do governo. Errei em não consultar o governo antes neste assunto. Embora tenha dito que é posição pessoal, a função exige cautela”, explicou.
Ele também destacou que o governo gostaria de aprovar a criação do programa Renda Cidadã até o final de 2020, mas que a fonte do financiamento continua sendo o principal ponto de dificuldade, o “X da questão”.