A Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais (Conampe) tenta convencer o Ministério da Economia e parlamentares a dar continuidade à política de linhas de crédito, até então temporárias, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Progama Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac Maquininhas), criados em função da pandemia. A proposta busca tornar a medida uma política pública de impulso ao setor, que representa 99% das empresas no país, gera 54% dos empregos formais e 30% do valor adicionado ao produto interno bruto (PIB), aponta o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A proposta é estudada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) e pela Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Ministério da Economia, porém encontra resistências nos escalões mais próximos do ministro Paulo Guedes. O Pronampe oferece até 85% de garantias ao financiamento dos pequenos negócios pelo Fundo de Garantia de Operações (FGO).
O assunto será o centro da 17ª Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa, que deve ocorrer de 1° a 3 dezembro, sob o título “Um novo tempo para os pequenos negócios”. Representantes do governo federal e do Congresso que marcarem presença devem ser paparicados pelos defensores da continuidade dos programas.