A maior parte dos insumos e boa parte das peças para a fabricação de motocicletas e bicicletas no Brasil vêm do exterior, principalmente da China. Diante do câmbio desfavorável há um desafio para as empresas, que se voltam aos fornecedores nacionais para manterem preço e competitividade em cenário de recuperação oscilante. E diante de uma indústria de peças com capacidade ociosa, está aí uma oportunidade.

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o fortalecimento da cadeia de fornecedores de peças da cadeia nacional é essencial, principalmente em momentos de crise. “Nosso compromisso agora é fortalecê-los. A pandemia nos ensinou isso”, afirmou o diretor e vice-presidente da Abraciclo, representante do Grupo Caloi, Cyro Gazola. “O Brasil tem muita oscilação de câmbio. Temos que amenizar essas flutuações utilizando o mercado nacional”, completou o presidente da associação e representante do Grupo Honda, Marcos Z. Fermanian.

PROJEÇÃO DO SEGMENTO DE MOTOCICLETAS

O relatório da entidade, nesta quarta-feira (9), apontou que a produção do setor teve uma recuperação significativa a partir de novembro, após a queda acentuada a partir do segundo trimestre de 2020. Apesar das oportunidades para eventuais novos fornecedores, Fermanian , da Honda, ainda não vê um cenário claro para 2021: “É difícil elaborar um plano efetivo de recuperação para o setor sem uma posição do governo sobre a vacina e a recuperação econômica”.