Foram desembarcadas em São Paulo, na manhã desta sexta-feira, mais 2 milhões de doses da vacina CoronaVac, vindas da China. A carga veio em uma avião da Swiss (imagem) e desembarcou em Guarulhos, São Paulo, no início da manhã. É a terceira remessa da vacina e a segunda com o imunizante pronto. Na primeira leva, chegaram 600 litros de um composto suficiente para produzir 1 milhão de doses da vacina, da farmacêutica chinesa Sinovac desenvolvida em parceria internacional com o Instituto Butantan, instituição ligada ao governo estadual de São Paulo.
A vacina ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há um disputa política que pode dificultar o processo.
De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, o Ministério da Saúde demonstrou interesse na vacina, mas não em caráter emergencial. Por questões operacionais, o pedido na Anvisa deve ser feito simultaneamente à apresentação do estudo conclusivo por parte do Butatan, o que pode atrasar as aprovações.
O Butatan também irá apresentar seus resultados à Administração de Produtos Médicos da China (NMPA, na sigla em inglês), instituição chinesa responsável pela regulação de medicamentos. Em caso de aprovação, poderia ser pleiteado um registro emergencial sub judice do imunizante, já que uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu essa possibilidade aos estados e municípios, diante do risco de morosidade da agência.