Choque do petróleo, risco de guerra entre Estados Unidos e Irã, incertezas fiscais, instabilidade política, agenda de reformas e privatizações travada no Congresso… e a pandemia do novo coronavírus. Depois de seis circuit breakers, com os pregões sendo interrompidos diante do pânico, a bolsa brasileira experimentou o fundo do poço em março, no princípio da crise, ao cair para 63.569 pontos. Com os estímulos econômicos, os juros no menor patamar da história, a chegada expressiva de novos investidores e a resiliência das companhias, o Ibovespa reencontrou forças para se reerguer – e engatar um movimento de otimismo. Mesmo com a queda de 0,33% nesta quarta-feira (30), aos 119.017 pontos, o índice fechou o ano com valorização acumulada de 2,9%. A bolsa ainda ficou perto de sua máxima nominal (sem considerar a inflação) de fechamento, que foi registrada em 23 de janeiro (119.527 pontos). A tendência é que a marca seja quebrada já nos primeiros dias de 2021, principalmente com as boas notícias relacionadas à vacinação e a esperança de que o mundo volte à normalidade o mais rápido possível.