Stellantis: esse será (por enquanto) o nome do novo conglomerado automobilístico, fruto da fusão da Fiat Chrysler (FCA) e da Peugeot (PSA). A operação foi autorizada pelos acionistas de ambos os grupos nesta segunda-feira (4). O processo estava em discussão desde 2019, mas foi retardado pela pandemia.
O novo grupo será o quarto do mundo, com produção conjunta de 8,7 milhões de veículos (dados de 2018). A iniciativa vai colocar sob o mesmo guarda-chuva 14 marcas: pela FCA, Fiat, Chrysler, Maserati, Jeep, Abarth, Alfa Romeo, Lancia, Dodge e Ram; pela PSA, Peugeot, Citroën, Opel, Vauxhall e DS.
A negociação incluiu acionistas governamentais, por meio da chinesa Dongfeng, e da francesa Bpifrance. Entre os acionistas da PSA, a aprovação entre os votantes foi de 99,85%.
O próximo passo será a aprovação da negociação entre os órgãos regulatórios e de defesa da concorrência dos países onde operam. Ambos os grupos fizeram simulações de acordo com as legislações e acreditam que quase tudo será aprovado. No Brasil, o Cade precisará se manifestar. Esse é o maior desafio do presidente-executivo da PSA, Carlos Tavares, que assumirá como CEO da Stellantis. O presidente da FCA, John Elkann, será o presidente do novo grupo.
A fusão será na proporção 50% para PSA e FCA. A expectativa é que unidades fabris sejam mantidas e que as novas operações gerem uma economia anual de 3,7 bilhões de euros. Todos os segmentos de veículos serão considerados: luxo, SUVs, picapes e comerciais leves. Mas o foco da produção será voltado para compactos e médios, com baixas emissões.