Um oficial da polícia do Capitólio dos EUA, Brian Sicknick, morreu em decorrência dos ferimentos sofridos durante a invasão do local, sede do Poder Legislativo nos EUA, informou a polícia de Washington DC. Com isso, sobe para cinco o número de mortos nos protestos. A invasão ao edifício, na quarta-feira (6), ocorreu enquanto parlamentares estavam no local para certificar a vitória do presidente eleito Joe Biden.
“O oficial Sicknick estava respondendo aos distúrbios e foi ferido ao se envolver fisicamente com os manifestantes”, disse a polícia em um comunicado. Ele morreu na quinta-feira (7), depois de ser levado ao hospital em decorrência de um desmaiou quando retornava à sua divisão, segundo a nota. Com um coágulo no cérebro, ficou em estado crítico, ligado a um ventilador até morrer. De acordo com o New York Times, o agente foi agredido na cabeça com tubos de metal e um extintor na cabeça. Sicknick tinha 42 anos, serviu na Guarda Aérea Nacional durante a Guerra do Iraque, da qual foi um crítico, e apresentava nas redes sociais como um “patriota” e eleitor de Trump, porém não há evidências de que apoiasse os manifestantes.
Autoridades da divisão de homicídios metropolitanos vão investigar a morte de Sicknick, que se juntou à Polícia do Capitólio dos EUA em 2008. O FBI pode considerar “um possível caso de homicídio federal”. Além do policial, a manifestante Ashli Babbitt foi morta a tiros pelas autoridades e três pessoas morreram em emergências médicas.
Na quinta-feira (7), o chefe de polícia do Capitólio, Steven Sund, entregou uma carta de demissão e deixará o cargo em 16 de janeiro. A demissão de Sund foi solicitada pela presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, depois que a força federal encarregada de proteger o Congresso foi incapaz de impedir a confusão.
Entenda o caso
Antes da sessão de certificação de Biden, Donald Trump, candidato derrotado nas eleições de novembro, fez um discurso de cerca de três horas para uma multidão reunida na Praça do Obelisco, em Washington, onde também fica o Capitólio. No discurso, ele voltou a dizer que venceu as eleições.
Trump, que inicialmente elogiou o protesto, mais tarde condenou a violência, dizendo que os manifestantes desonraram a sede da democracia norte-americana e devem ser responsabilizados.
A secretária de Transportes dos EUA, Elaine Chao, e a secretária de Educação, Betsy DeVos, também renunciaram na quinta-feira (7), juntando-se a uma lista crescente de assessores que deixam o governo de Trump em protesto contra a invasão do Capitólio.
(com Agência Brasil)