A pandemia acelerou o processo de inclusão digital, fazendo com que muitos consumidores passassem a recorrer a compras online pela primeira vez. O desconhecimento sobre plataformas digitais também faz com que o Brasil seja um dos países com maior incidência de fraudes na internet. É o que aponta o Brasil Digital, uma pesquisa realizada pela OLX, plataforma de compra e venda online, que revela que o brasileiro ainda pode adotar medidas básicas para aumentar sua segurança.
De acordo com os dados, 45% dos usuários ainda não mudam as senhas das redes sociais com frequência. E esse comportamento se sobressai nas classes sociais mais baixas: 25% da classe A dizem não adotar a medida de segurança, enquanto essa parcela aumenta para 31% na classe B, 47% na classe C1, 52% na classe C2 e 54% nas classes D/E. A pesquisa ouviu 1.906 pessoas entre os dias 19 de setembro e 19 de outubro de 2020.
Em relação à senha bancária, ela nunca é trocada ou mudada raramente por 57% dos entrevistados. Novamente, a prática oscila conforme a classe social do consumidor. Na classe A, 41% deixam de alterar a senha, contra 44% na classe B, 58% na classe C1, 63% na classe C2, e 68% nas classes D/E.
Esses dados mostram como o brasileiro ainda está aprendendo boas práticas de segurança na internet. “Para termos um ambiente digital mais seguro é fundamental trabalhar na educação do usuário, para que ele entenda como funcionam os processos e possa ter mais conhecimento para se proteger de possíveis golpes. Da mesma forma que adotamos hábitos seguros quando andamos na rua, também precisamos desenvolvê-los para uma navegação segura. Manter os dados protegidos e trocar as senhas com periodicidade são medidas simples, mas que poucos ainda fazem”, destacou Beatriz Soares, diretora de Produto e Operações da OLX.