Embora tenha registrado queda de 7% na semana, estrutura B2B foi determinante contra as incertezas tarifárias de Trump enquanto a concorrência derretia
O impacto das tarifas do presidente Donald Trump foi sentido com força na Apple, que viu suas ações despencarem 23% entre 4 e 9 de abril, resultando na perda do título de empresa mais valiosa do mundo. Com isso, a Microsoft reconquistou a liderança, alcançando um valor de mercado de US$ 2,64 trilhões.
Embora a empresa criada por Bill Gates tenha registrado uma queda de 7% durante o mesmo período, a resiliência de sua estrutura empresarial fez com que a companhia se mostrasse mais protegida das incertezas provocadas criação de um cenário bagunçado nas cadeias produtivas e nas exportações e importações de componentes e produtos. De acordo com analistas do banco Jefferies, a Microsoft é uma das empresas mais isoladas da volatilidade tarifária. Tal resiliência, atrelada a uma gestão blindada de entreveros fiscais criou as condições para que fosse escolhida a protagonista de A Tacada da Semana de MR.
Sob as ordens do CEO Satya Nadella, a companhia foi umas gigantes que menos sentiram os impactos causados pela escalada da guerra tarifária estabelecida especialmente entre Estados Unidos e China. Seu preço caiu bem menos que os das concorrentes. A tesla perdeu 21,5%, enquanto Amazon, Nvidia e e Meta ficaram entre 12% e 13% – e sangrando.
O principal motivo dessa resiliência está na natureza do negócio da Microsoft, que é B2B, dependendo menos de produtos físicos ou de consumo, mais expostos às tarifas. Os contratos lhe garantiram uma base de receita estável. O segmento de cloud computing foi o maior gerador de receita da empresa no ano fiscal de 2024, responsável por 43% do faturamento total, o que ajuda a mitigar riscos financeiros causados por instabilidades externas.