Contrato avaliado em US$ 7 bilhões da fabricante brasileira com a Flexjet inclui 182 jatos executivos, com possibilidade de outros 30
A Embraer Executive Jets, uma divisão da Embraer, celebrou um importante contrato de vendas com a Flexjet, empresa de propriedade compartilhada de jatos executivos. O acordo envolve os modelos supermédios, médios e leves Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E, respectivamente, além de um abrangente pacote de serviços e suporte. O negócio é avaliado em até US$ 7 bilhões, incluindo um pedido firme de 182 aeronaves e 30 opções. Uma operação como poucas vezes é vista no segmento executivo, que é pulverizado.
Este pedido é a maior encomenda firme de jatos executivos da Embraer. A amplitude do negócio foi escolhida A Tacada da Semana de MR. O movimento se deu em um momento de substituição de frota, com modelos consolidados da concorrência chegando ao limite da capacidade de modernização.
A relação entre Embraer e Flexjet teve início em 2003, quando a Flight Options, que se juntou ao grupo em 2015, se tonrou a primeira empresa de propriedade compartilhada a adquirir os Legacy Executive, de grande porte. Desde então, a parceria se expandiu e hoje inclui uma presença crescente dos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom nas operações globais da Flexjet. O Phenom 300 é o jatinho leve mais vendido nos últimos 12 anos. A frota da Flexjet é diversificada, incluindo também os Gulfstream G650 e G450, de longo alcance, os Bombardier Challenger 350 e 3500, supermédios, e os helicópteros Sikorsky S-76.
Comandada pelo CEO Francisco Gomes Neto (na imagem), a Embraer também reportou nesta semana um recorde no quarto trimestre de 2024, com sua carteira de pedidos chegando a US$ 26,3 bilhões no período. O volume é 40% maior do que o registrado no mesmo período em 2023. Na comparação trimestral, o avanço é de 16% ante o terceiro trimestre de 2024.
Na aviação comercial, a Embraer encerrou o quarto trimestre de 2024 com uma carteira de pedidos de US$ 10,2 bilhões. Já na aviação executiva, houve recorde de US$ 7,4 bilhões na carteira de pedidos. Já no segmento de serviços e suporte, a carteira alcançou US$ 4,6 bilhões no quarto trimestre de 2024, enquanto que os produtos de defesa angariaram US$ 4,2 bilhões, com participação recorde de clientes globais.
A fabricante de aviões brasileira entregou 75 aeronaves no último trimestre de 2024, 27% acima dos 59 aviões entregues no trimestre anterior e igual ao volume entregue um ano antes. No ano de 2024, 205 aviões foram entregues, alta de 14% em relação a 2023. Diante de tal desempenho, a empresa marca uma posição inédita no segmento executivo, superando em vendas privadas as concorrentes imediatas Beechcraft, Bombardier Learjet, Cessna e Pilatus.
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