Presidente do grupo Arezzo&Co, dono das grifes Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman e Fiever, o empresário fala de negócios, reformas e política.
O varejo brasileiro sofreu muito com a crise dos últimos anos. O que é preciso fazer para destravar o setor?
Mais emprego, menos inflação e redução da inadimplência. Com a economia estável, novas lojas serão abertas, o que traz oportunidades e desenvolvimento. No caso de nossas marcas, quando uma delas não apresenta o resultado esperado, a outra compensa e assim seguimos.
O Brasil pós-crise será um país diferente?
Sim, mas o ideal é transformar projetos em ações. Esse é o momento. Uma participação mais ativa da sociedade é importante para o desenvolvimento.
Que problemas a interferência do Estado trouxe para o seu setor?
O Brasil, como todos sabem, tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo, o que encarece processos e desestimula o investimento estrangeiro. Reduzir a carga tributária abriria muitas portas.
Os indicadores mostram que a economia melhorou. O Brasil saiu do sufoco?
Está avançando e o pior já passou. Enquanto muitos encolheram, nós crescemos. Somos geradores de caixa, pagamos dividendos de 111%, o que é um resultado extraordinário.
O que esperar de um candidato a presidente para 2018?
Que mantenha a economia nos trilhos, que faça investimentos, que destrave as burocracias, que realize as reformas para equilibrar as contas, que mantenha a inflação e o juros baixos. Isso sem esquecer os investimentos em áreas prioritárias, como educação e saúde.