O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez uma avaliação positiva dos seus 100 primeiros dias no comando da Casa. Lira participou do evento CEO Conference, realizado nesta terça-feira (25) pelo BTG Pactual. O parlamentar destacou a aprovação da autonomia do Banco Central, o avanço de propostas para destravar as burocracias, como a flexibilização das licenças ambientais, além do texto que viabiliza a privatização da Eletrobras. “Estamos agora em linha com as economias mais prósperas do mundo”, declarou. O deputado também celebrou o alinhamento com a gestão do presidente Jair Bolsonaro. “Temos um governo liberal e um Congresso reformador. Vamos aproveitar essa janela para mudar o Brasil”, afirmou. Ele reiterou o compromisso para acelerar as discussões da reforma tributária e da reforma administrativa.
Pandemia
Mesmo defendendo a legalidade do instrumento, Arthur Lira manteve a opinião de que o momento não é o mais adequado para o funcionamento de uma CPI, como a instalada no Senado para apurar as supostas omissões do governo federal no enfrentamento à crise sanitária e as suspeitas de desvios de recursos destinados aos estados e prefeituras. “A pandemia não terminou. Estamos com números preocupantes, na busca por vacinas”, comentou. O parlamentar pediu foco para que a polarização observada nos depoimentos não afete a elaboração do relatório final da comissão. Ele considerou que os eventuais culpados serão responsabilizados de alguma forma. “Vai ser penalizado eleitoralmente, penalmente ou civilmente lá na frente.”
Disputa em 2022
O mandatário da Câmara também foi questionado sobre a corrida presidencial de 2022. Ao comentar sobre as últimas pesquisas, Lira considerou que o presidente Jair Bolsonaro atravessa “seu pior momento” de governo, enquanto o ex-presidente Lula está em alta. O deputado apontou, no entanto, que o cenário ainda pode mudar muito até o ano que vem, mas descartou o surgimento de um candidato para quebrar a polarização entre o atual presidente e o petista. “Não acredito em terceira via. A polarização ocorre desde 1989. Acredito que os dois vão convergir para o centro e o centro vai decidir quem vai ser o melhor para governar.”