Não bastasse a crise na cúpula militar, a troca no Itamaraty e a mudança na articulação política, o governo enfrenta também um impasse no Orçamento aprovado no Congresso e que pode provocar a saída de integrantes do Ministério da Economia. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a avaliação da equipe do ministro Paulo Guedes é que, se for sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro como está, o Orçamento coloca em xeque a regra do teto de gastos e pode levar a um crime de responsabilidade. Os assessores de Guedes, que cogitam deixar suas funções, apontam que os parlamentares tornaram a proposta “inexequível” ao turbinarem as verbas para emendas e reduzirem os recursos para despesas obrigatórias (que não podem ser adiadas). Sem um ajuste ou veto do presidente, a necessidade de contingenciamento nas chamadas despesas discricionárias poderá chegar a R$ 40 bilhões, elevando o risco de paralisação da máquina pública.