Neto do economista e ministro, Campos Neto comemorou a autonomia da autoridade monetária
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participou nesta quarta-feira (2), na Câmara dos Deputados, de uma sessão solene pelos 106 anos do nascimento de seu avô paterno, o economista, diplomata, escritor, ministro, deputado federal e senador (imagem) Roberto Campos (1917-2001). Apelidado de Bobby Fields por sua visão liberal, o avô de Campos Neto dizia não temer “remar contra a maré”. Em sua trajetória pública, ele ajudou a criar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o próprio BC, hoje dirigido pelo neto.
Em seu tempo, Roberto Campos participou de quase tudo de importante na economia brasileira. Ele contribuiu para a implantação da caderneta de poupança, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Nacional de Habitação. Quando diplomata em Washington, em 1944, acompanhou a Conferência de Bretton Woods, a partir de onde foram criados o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Durante a sessão, Campos Neto se emocionou ao homenagear o avô e lembrou da defesa dele à entrada do capital estrangeiro no país, a discordância sobre a reserva de mercado e os elogios à aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Roberto Campos ficaria contente em saber da aprovação da reforma tributária, especialmente da Lei de Autonomia do Banco Central e, mais recentemente, da modernização da legislação cambial, algo que sempre defendeu. Como entusiasta da tecnologia, meu avô também ficaria satisfeito com os resultados do Pix, do open finance e com os trabalhos em andamento para o lançamento do real digital, no âmbito da agenda de inovação que promovemos no Banco Central”, afirmou.