O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou a intenção de acelerar a discussão da reforma administrativa. No cronograma, Lira estabeleceu ver aprovada na Casa até julho a proposta que muda as carreiras e os salários dos servidores públicos federais. O texto seguiria em seguida para apreciação no Senado. Segundo a Folha de S. Paulo, a pressa, no entanto, pode esbarrar na pressão de parlamentares da base governista que querem evitar desgastes políticos a um ano das eleições. O jornal relata que principalmente os deputados que vieram do funcionalismo, como policiais, procuradores e defensores públicos, temem endossar a reforma sob o risco de não renovarem seu mandatos. Além disso, a oposição deve se articular e aproveitar as brechas disponíveis no regimento para travar a tramitação. Sem um empenho considerável do governo e uma interferência de Lira, o avanço da proposta pode ser empurrado para 2023.