A Corte Suprema do Reino Unido decidiu, no final da semana passada, que os motoristas de aplicativos de mobilidade como Uber devem ter os mesmos direitos trabalhistas de empregados registrados e não podem mais ser tratados como autônomos ou colaboradores. Esta decisão coloca em xeque todo o modelo dessas empresas, que correm o risco de ser inviabilizadas no mercado britânico.
Trata-se de uma tendência na Europa. Antes da Grã-Bretanha, outros países do Velho Continente tinham também tomado decisão semelhante. O que chama a atenção, no entanto, é que a Inglaterra ainda é a nação mais liberal da Europa, uma herança dos tempos de Margaret Thatcher. A primeira-ministra, por sinal, deve estar se revirando no túmulo desde sexta-feira.
A essas empresas resta apenas acelerar o programa de utilização de carros autônomos – uma modalidade de automóveis cujo mercado ainda é incipiente, com poucos fornecedores e muita demanda. Mas essa parece ser a única saída para Uber e seus concorrentes.