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As dúvidas que pairam sobre o STF

Na semana passada, o juiz Herman Benjamin tomou posse como presidente do Superior Tribunal de Justiça e recebeu uma verdadeira multidão para homenageá-lo. Os muitos advogados presentes aproveitaram a ocasião para discutir, nas rodinhas que se formaram, sobre o que se passa no Supremo Tribunal Federal – especialmente o protagonismo de alguns ministros e a chamada Vaza Toga, o vazamento de conversas entre Alexandre de Moraes e subordinados.

Quase todos os advogados presentes na cerimônia têm processos que estão passando ou passarão pelo crivo do Supremo. Por isso, jamais farão qualquer crítica pública aos magistrados da alta corte. Mas, na surdina, houve quase que uma unanimidade em criticar alguns ministros, tomando como base alguns casos recentes.

O que houve de diferente? Antes, muitos profissionais da Justiça evitavam a todo custo tecer qualquer comentário negativo em relação ao STF – todos atuando como aquele personagem de Jô Soares, cujo bordão era “não me comprometa”. Hoje, contudo, percebe-se que existe um desconforto no ar, que se manifesta em repreensões veementes, porém discretas.

Herman Benjamin, em seu discurso de posse, mostrou-se preocupado com o futuro das cortes brasileiras, pois muitos magistrados estão pedindo demissão e partindo para novos desafios profissionais. “Queremos e precisamos recrutar os melhores juízes e juízas, mas também mantê-los em nossas instituições”, afirmou.

Curiosamente, os olhos do mundo jurídico hoje estão postos em dois ministros que, comenta-se, podem deixar o colegiado da mais alta corte brasileira.

Um deles poderia renunciar ao STF já em 2025, cansado das polêmicas enfrentadas pelo tribunal e da exposição excessiva. De fato, mesmo os ministros mais discretos acabam aparecendo mais do que desejam, pois a imprensa de maneira geral acompanha o cotidiano do Supremo com a mesma tenacidade que segue o Executivo e o Legislativo.

Outro comentário frequente é que um dos ministros se articula para lançar uma candidatura a governador em 2026 – e, para isso, já se reuniu com alguns prefeitos de seu estado. Se essa intenção vai vingar ou não, só Deus é quem sabe.

Caso estes dois juízes deixem mesmo o Supremo nos próximos dois anos, a composição de forças continuará mais ou menos a mesma. Mas o perfil da corte deve se tornar mais baixo – e as doses diárias de protagonismo, com certeza, vão diminuir bastante.

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