O mês de maio veio e, com ele, a data final da minha meta: o dia 10, quando haverá o jantar de gala para o evento “Person of the Year”, organizado em Nova York pela Brazilian-American Chamber of Commerce. Meu objetivo era emagrecer o suficiente para entrar em meu smoking. Vamos primeiro às más notícias: não consegui entrar no tuxedo. Agora, a boa: perdi dois números em meus ternos (para entrar no traje a rigor, teria de encolher mais um número. Chegou perto, mas não deu).
Resolvi fazer desse limão uma limonada. E estender a minha dieta até dezembro, com uma meta mais ambiciosa, que vai deixar esse smoking bastante folgado. Ao contrário do que estava pensando no início do ano, trata-se agora de um objetivo para o resto da minha vida. Quero não apenas emagrecer, mas também recuperar parte da elasticidade dos músculos que perdi nos últimos anos. Em relação à atividade física, há limitações ditadas pelas próteses nos dois quadris. Mas nada me impede de caminhar – e é essa será a minha receita para queimar calorias.
Depois de chegar a um peso que tracei como ideal, quero me manter nessa faixa e não mais abusar da comida ou da bebida. Sem radicalismos – mas sem cair constantemente na tentação das autoindulgências. Para isso, vou me permitir três períodos de alguma liberdade. Agora, nesta semana em que estarei em Nova York, mais sete dias em julho e também em outubro. Mesmo assim, não estou pensando em momentos de intenso pé-na-jaca. Apenas alguma liberdade para consumir alguns doces e carboidratos dos quais sinto muita falta.
Em Nova York, por exemplo, tenho uma lista de guloseimas, começando pelo hot-dog do Gray’s Papaya, que fica perto do Columbus Circle. Lá perto também tem a Levain Bakery, que tem cookies ótimos, e a confeitaria Zabar’s, que tem uma cheesecake maravilhosa. Ainda nas proximidades, há o restaurante Marea, que tem um fusilli maravilhoso com polvo e tutano. Há outras coisas que colocar na lista, mas não quero botar tudo a perder. Portanto, vou tratar de andar bastante para gastar o açúcar extra.
Confesso que estou um pouco apreensivo. Sei o efeito que essas delícias têm sobre o meu corpo e, principalmente, no meu cérebro. A minha reação inicial é abrir uma porteira imaginária em meu estômago e botar tudo o que é gostoso para dentro. Ainda não sei como reagirei a experimentar massas e doces, mas vou me vigiar para não voltar ao caos anterior – aquele quadro de autocomplacência total e irresponsável.
O que posso dizer, diante desse receio?
Torçam por mim!
Uma resposta
Parabéns Aluísio. Torcendo para você atingir todas essas metas.
Um abraço.
Antônio Lino