O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, discutiu as dicotomias econômicas do Brasil, o cenário internacional e a necessidade de soluções racionais entre a preservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Mourão é a principal figura institucional a participar do 1º Fórum Digital de Empreendedorismo, Negócios e Transformação, realizado nesta terça-feira (21) por MONEY REPORT e EXAME. Ele foi acompanhado dos debatedores virtuais Nelson Jobim, ex-ministro presidente do STF e ex-ministro da Justiça, e Cláudia Papa, vice-presidente da Generali Brasil, no painel Desafios e Oportunidades Pós-pandemia.
Mourão defende que no campo econômico, a ideologia seja deixada de lado. Sobre a disputa entre Estados Unidos e China, afirmou:”Não existem amizades perpétuas nem amigos eternos”. Diante dos EUA, país com a qual o Brasil tem afinidades culturais, e a China, nosso maior parceiro comercial, ele prega a adoção de um “pragmatismo flexível”. Sobre as críticas ao crescimento do desmatamento na Amazônia, o vice-presidente acredita que o governo vá conseguir reconstruir sua imagem internacional. “Se chegarmos ao final do ano com redução significativa das queimadas, vamos reconquistar a confiança dos investidores”, disse.
Antes do painel do vice-presidente, o sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves, comentou os impactos e os desdobramentos mais recentes da pandemia. Ele falou sobre as possibilidades de surgimento de novas vacinas e formas efetivas de tratamento da covid-19. “Está muito melhor que há três meses”, disse. Na política, Esteves se mostrou animado com a pacificação do ambiente institucional, o que deve aumentar a confiança dos investidores estrangeiros. Defensor do que classifica de “agenda da racionalidade” para as reformas, lembrou que nesta terça-feira (21) o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve entregar a proposta de reforma tributária ao Congresso. Sobre as ações do governo contra a estagnação econômica, citou os programas de ajuda aos mais necessitados: “Demos uma resposta robusta à crise”.
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