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Momentos inesquecíveis dos jogos olímpicos

De quatro em quatro anos, é sempre a mesma coisa para mim. Os jogos olímpicos têm início e eu não me interesso. Mas, logo depois da abertura, todos começam a comentar a performance dos atletas, contando detalhes das disputas. Resultado: pinta uma curiosidade, ainda insuficiente para que eu fique maratonando as transmissões. Até que o noticiário passa a ser dominado pelas provas e as redes sociais não param de comentar cada medalha conquistada pelo Brasil. Neste momento, não consigo mais resistir. E passo a vibrar com inúmeras modalidades esportivas, que não acompanho de perto em meu dia – mas se tornam programas imperdíveis no auge das Olimpíadas, mesmo aquelas em que não há atleta brasileiro na disputa.

Depois de assistir a conquista do bronze pela equipe feminina de ginástica olímpica e ver a disputa pela classificação do surfe, que fez Gabriel Medina proporcionar uma foto magistral, me peguei pensando em quais seriam os momentos que eu mais gostei de todas os jogos olímpicos que acompanhei.

Fiz uma retrospectiva mental e cheguei ao meu Top Five:

Mark Spitz – Os jogos de 1972 foram marcados pelo atentado terrorista que matou onze reféns, todos da delegação israelense. Mas, ainda criança, fiquei absolutamente abismado com a performance de um atleta judeu, que competia pelos Estados Unidos: o nadador Mark Spitz. Ele obteve sete medalhas de ouro e deixou os competidores no chinelo. Lembro de uma prova de longa distância na qual ele ficou praticamente sozinho na tela, com quase meia piscina de vantagem para os demais competidores. Uma imagem inesquecível.

Nadia Comaneci – Era a Olimpíada de Montreal (1976) e essa menina franzina de catorze anos conseguiu a façanha de obter o primeiro dez em uma prova de ginástica feminina. Conquistou três medalhas de ouro, uma de prata e outra de bronze. A revista Time produziu uma reportagem de capa sobre a atleta e descreveu sua performance nas barras de forma poética: “parecia que ela estava nadando em um oceano de ar”.

Gabriela Andersen – Em 1984, em Los Angeles, foi a primeira vez em que as mulheres disputaram uma maratona. E, nesta prova, a suíça entrou no estádio olímpico para completar os últimos quinhentos metros desidratada e com câimbras. Mancando e com o corpo vergado para a esquerda, ela demorou sete minutos para terminar o percurso. Desfaleceu ao cruzar a linha de chegada e foi muito mais aplaudida que a vencedora.

Rebeca Andrade – Nos jogos de Tóquio, a brasileira conseguiu a primeira medalha de ouro para a ginástica brasileira e mostrou um talento espetacular, que vem sendo confirmado nas provas da França. Os dois saltos dela foram incríveis e emocionantes.

Vanderlei Lima – Ele estava liderando a maratona de 2004, em Atenas, quando um maluco o segurou e atrapalhou sua corrida (o mesmo que invadira a pista de Silverstone, um ano antes, em pleno Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula-1). Mesmo assim, o brasileiro conseguiu chegar em terceiro lugar e garantiu um lugar no pódio.

Antes de finalizar, uma pergunta que me aflige desde garoto. Todos sabem que a medalha de prata é uma conquista maior que obter uma de bronze. Mas o que vocês iriam preferir se estivessem disputando os jogos de 2024: perder a prova final de ganhar uma medalha de prata ou vencer e ficar com a de bronze?

Tenho essa dúvida desde os treze anos. E, até agora, não cheguei a uma conclusão.

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