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O ano está acabando: é o fim da canseira

O ano de 2024 está acabando e prenuncia, como diria Tom Jobim, o fim da canseira. Mas, afinal, por que nos sentimos tão cansados a cada ano que se encerra? Um argumento bastante utilizado em dezembro para explicar essa sensação é que sofremos de um cansaço acumulado durante o ano. Isso pode até ser verdade. Mas será um cansaço físico ou psicológico?

O fato de estarmos às vésperas de uma sequência de feriados talvez produza uma ansiedade antecipada pelo descanso, que se torna quase que obrigatório. Além disso, o desgaste psicológico vivido ao longo do ano também pode contribuir para a necessidade de parar.

Vivemos sob pressão o tempo todo. Somos pressionados de todos os lados. Se atuamos executivos, a chefia e os acionistas estão sempre cobrando uma performance melhor; se, por outro lado, exercemos a função de empreendedores, a insatisfação está sempre ruminando dentro de nós – e a autocobrança é a pior de todas as exigências.

Os empreendedores, mesmo nas férias, experimentam um sentimento de culpa por abandonar momentaneamente seus negócios. Essa emoção pode ser discreta ou escancarada – mas está sempre presente. No final do ano, entretanto, a sensação de culpa se esvai, pois a maioria das pessoas não está trabalhando e isso diminui consideravelmente a cobrança interna.

A desaceleração forçada na entressafra do calendário nos força a dedicar tempo para coisas importantes que não fazem parte da agenda de trabalho, a começar pela família. Aproveitar o tempo livre para entender melhor a dinâmica dos familiares e investir na empatia é uma oportunidade que raramente surge. E, nesses dias finais de dezembro, a ocasião é perfeita para isso.

Mas se houve um distanciamento natural ao longo do ano, não tente se aproximar bruscamente ou de maneira forçada. Nesta última semana do ano, você possui tempo suficiente para esperar a melhor hora de se conectar com os parentes. Use a pausa provocada pelo ócio a seu favor.

É um momento muito bom para recarregar as energias e zerar a mente. Muitos acreditam que a mente só descansa com a meditação. E, ao contrário do senso comum, meditar não é pensar alucinadamente sobre um determinado tema. É o contrário. Trata-se da capacidade de esvaziar a mente e assumir um estado contemplativo, deixando seus pensamentos fluírem sem controle.

Podemos também investir no universo da ficção: buscar leituras que nos estimulem intelectualmente, que tragam desafios para uma mente que pode ter se emperrado pela estafa provocada ao longo do ano.

Cada um vai reagir de uma determinada forma à sensação de cansaço. O importante, no entanto, é aproveitar essa chance e não permitir que as picuinhas e desavenças entrem em campo. Tente apertar uma tecla “pause” imaginária e se transferir para um universo no qual você é apenas um espectador, sem envolvimento emocional ou mágoas passadas com seus familiares. No dia 2 de janeiro, você poderá retomar todos os seus problemas, desafios e traumas. Mas estará recarregado para encarar os altos e baixos que o levarão ao próximo dezembro.

Aproveite os últimos dias de descanso!

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