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Ainda não acabou; cidades bolsonaristas; doentes e depressivos

Casos aumentando no mundo

Depois de seis semanas de queda no número de casos, as infecções por covid-19 estão subindo novamente pelo mundo, especialmente na Ásia, informou na quarta-feira (16), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. “Esses aumentos estão ocorrendo apesar das reduções nos testes em alguns países, o que significa que os casos que estamos vendo são apenas a ponta do iceberg. E sabemos que quando os casos sobem, as mortes também”, afirmou. Adhanom disse haver altos níveis “inaceitáveis” de covid em diversos países, principalmente naqueles cujos níveis de vacinação entre a população suscetível são baixos. Com cada nação lidando com desafios distintos, o diretor reforçou novamente que “a pandemia não acabou”.

Mortalidade dobrada em cidades bolsonaristas

Os municípios brasileiros que elegeram Jair Bolsonaro (PL) por ampla maioria em 2018 registraram mais óbitos na pandemia que os municípios que optaram por Fernando Haddad (PT). Os dados são de uma pesquisa da revista científica The Lancet para as Américas realizada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Nos municípios mais bolsonaristas, o risco de morte foi 44% superior aos outros. No Nordeste, a taxa de mortalidade foi muito inferior quando comparada a taxa de municípios das regiões Sul e Sudeste que deram preferência ao presidente eleito. Foram analisados dados de 5.570 cidades brasileiras. Além disso, os locais estudados foram divididos em grupos com estruturas sanitárias semelhantes, a fim de impedir que variáveis, como a subnotificação, pudessem interferir nos resultados.

 O que MONEY REPORT publicou

Avanço no acordo sobre patentes

Os Estados Unidos, União Europeia (UE), Índia e África do Sul delinearam uma tentativa de compromisso para flexibilização das patentes para produção de vacinas contra o novo coronavírus. No entanto, um acordo final ainda depende dos outros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC). Na quarta-feira (16), a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, apressou-se em divulgar uma nota considerando “calorosamente o avanço entre quatro membros da OMC sobre uma renúncia ao acordo de propriedade intelectual relacionada ao comércio para a produção de vacinas contra a pandemia de covid-19”. O Brasil pode ficar de fora.

Depressão e ansiedade são mais comuns em quem teve covid grave

Um estudo apontado como o primeiro a analisar os efeitos de longo prazo da covid na saúde mental foi divulgado na segunda-feira (14), na revista The Lancet. Em linhas gerais, os pesquisadores alertam que, quanto mais tempo uma pessoa ficou fora das atividades rotineiras por causa da doença, maiores as chances de impactos na sua saúde mental. O foco foram os infectados não chegaram a ser propriamente hospitalizadas. Após analisar dados em seis países, os cientistas concluíram que aqueles que ficaram acamados por sete dias ou mais ficaram mais propensos a sofrer de depressão, angústia, ansiedade e distúrbios do sono. Para a maioria, o quadro foi persistente por até 16 meses, período que englobou o estudo.

Painel Coronavírus

Vacinados
• 11,05 bilhões de doses administradas (140,19% da população global — cumulativo, incluindo doses de reforço e estoques)
• 5,03 bilhões de pessoas atendidas (63,9% da população mundial)
• 85,26 milhões de pessoas nos países de baixa renda (14,1% entre os mais pobres)
• 406,13 milhões de doses aplicadas no Brasil (190% da população)

Primeira dose
• 547,03 milhões no mundo (6,95% da população com a primeira dose)
• 27,60 milhões nos países de baixa renda (4,15% entre os mais pobres)
• 16,08 milhões no Brasil (7,53% da população)

Segunda dose
• 4,48 bilhões no mundo (56,92% da população)
• 65,84 milhões nos países de baixa renda (9,90% entre os mais pobres). Dado corrigido pela segunda semama.
• 158,89 milhões no Brasil (74,49% da população)

Doses de reforço
• 1,47 bilhão no mundo (18,74% da população)
• 72,25 milhões no Brasil (33,87% da população)

Todos os dados de vacinação no Brasil nesta semana vieram do Consórcio de Veículos de Imprensa

Casos no Brasil
• 29.573.112 – acumulado
• 38.285 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 18/03 (queda de 19,11%)
• 28.163.904 – recuperados
• 752.410 – em acompanhamento (queda de 27,59% entre 11/03 e 18/03)
• 14.072,6 – casos acumulados por grupos de 100 mil

Mortes no Brasil
• 656.798– óbitos confirmados (acumulado)
• 320 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 18/03 (queda de 32,2%)
• 2,2% – taxa de letalidade
• 312,5 – óbitos por grupos de 100 mil


– Dados atualizados em 18/03/2021

Fontes: Ministério da Saúde, secretaria estaduais e municipais de saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), consórcio de veículos de imprensa, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Universidade Johns Hopkins

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