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Contaminação duradoura; Saúde exausta; Papa contra as fakes

Transmissão por 200 dias

Cerca de 8% das pessoas infectadas pela covid-19 podem continuar transmitindo a doença por mais de dois meses, mesmo sem apresentar sintomas. Esta é a conclusão de um estudo feito por pesquisadores afiliados à Plataforma Científica Pasteur-USP, uma parceria entre o Instituto Pasteur da França, a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Publicado na revista Frontiers in Medicine, o estudo acompanhou 38 pacientes que testaram positivo entre abril e novembro de 2020. Desses, três continuaram com o vírus no organismo por mais de 70 dias.  Em um deles, um homem de 38 anos que manifestou sintomas leves por 20 dias, o novo coronavírus continuou sendo detectado em seu organismo e sofrendo mutações por 232 dias. 

Profissionais da saúde de novo ao limite

A alta no número de infecções pelo novo coronavírus que o Distrito Federal registra há cerca de um mês reflete na ocupação dos hospitais públicos e dos particulares da capital federal, levando  profissionais de saúde à exaustão. Segundo a Secretaria de Saúde, em um intervalo de dois meses o afastamento de servidores por síndromes gripais aumentou 268,72%. A maioria das ausências é de pessoas que atuam no atendimento direto à população. Até 20 de janeiro, 4,44% dos 35 mil servidores entraram de licença. A média é de 77 pessoas a menos a cada dia. O governo do Distrito Federal (GDF) garante que haverá novas contratações.

O que MONEY REPORT publicou na semana

10 bilhões de doses no mundo

Foram administradas globalmente doses suficientes para atender 128% da humanidade, com 10 bilhões de inoculações – a população global estimada é de 7,9 bilhões. Um marco que reflete a velocidade surpreendente com que governos e empresas farmacêuticas se mobilizaram, permitindo que muitas nações vislumbrem um futuro próximo em que seus povos coexistem com o vírus de modo menos restritivo. O marco, alcançado na sexta-feira (28), de acordo com o projeto Covid do portal Our World in Data, das Nações Unidas, que conta com as universidades de Oxford e Johns Hopkins, não contempla de forma equitativa os países mais pobres. Nos mais ricos, 77% das pessoas receberam pelo menos uma dose, enquanto nos países de baixa renda. o índice está quase em 10%. Enquanto a América do Norte e a Europa correm para superar os surtos de ômicron oferecendo reforços, com Israel e outros adotando a quarta dose, mais de um terço da população mundial, principalmente na África e nos bolsões de miséria da Ásia, ainda estão esperando.

Papa Francisco contra o pecado da mentira nas redes

A informação baseada em fatos científicos é um direito, afirmou o Papa Francisco na sexta-feira (28), pedindo aos jornalistas católicos que ajudem as pessoas que foram enganadas por notícias falsas sobre o coronavírus e as vacinas. “Estar devidamente informado, ser ajudado a entender as situações com base em dados científicos e não em notícias falsas, é um direito humano”, exprimiu o papa aos membros do Consórcio Internacional de Mídia Católica sobre Vacinas Covid-19. Uma “infodemia” estava se espalhando, lamentou o sumo pontífice, classificando o problema como “uma distorção da realidade baseada no medo, notícias falsificadas ou inventadas”.

Sintomas tardios em crianças

Estudo do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) identificou sintomas prolongados da covid-19 em 43% crianças e adolescentes três meses após a infecção. A pesquisa, que acompanhou 53 pacientes, foi publicada na revista científica Clinics, mantida pela instituição. Os pacientes com idades entre 8 e 18 anos foram monitorados por mais de 4 meses. Dentro do grupo de 53 que tiveram a infecção por covid confirmada, 23 apresentaram sintomas até 3 meses depois. Os sintoma mais presentes foram dores de cabeça (19%) no total de pacientes. Entre o grupo de 23, as queixa foram dores de cabeça fortes e recorrentes (9%), cansaço prolongado (9%), falta de ar (8%) e dificuldade de concentração (4%). Um estudo da universidade de Oxford já havia detectado este tipo de sintoma em adultos, mas com comprometimento pulmonar, no que é chamado de covid longa.

Painel Coronavírus

Vacinados*
 10,06 bilhões de doses distribuídas (127,73% da população global — cumulativo, incluindo doses de reforço e estoques)
• 4,79 bilhões de pessoas atendidas (61% da população mundial)
• 66,3 milhões de pessoas nos países de baixa renda (9,91% entre os mais pobres)**
• 355 milhões de doses aplicadas no Brasil (166,43% da população — cumulativo, incluindo o reforço)
* Dados globais aproximados
** Houve uma correção nos dados dos países de baixa renda na semana encerrada em 21/01, resultando em uma queda 1,12 milhão de atendidos

Primeira dose*
740,42 milhões no mundo (9,40% da população com a primeira dose)
29,37 milhões nos países de baixa renda (4,42% entre os mais pobres)
• 13 milhões no Brasil (6,09% da população)
* Dados globais aproximados

Segunda dose*
• 4,06 bilhões no mundo (51,58% da população)**
• 36,94 milhões nos países de baixa renda 5,55% entre os mais pobres)
• 151,7 milhões de brasileiros (71,12% da população)
* Dado global aproximado
** Houve uma correção nos dados ao longo da semana encerrada em 30/o1, resultando em uma redução de 10 milhões de atendidos, perfazendo uma queda de 0,11p.p.

Doses de reforço*
• 962,58 milhões no mundo (12,2% da população)
• 40 milhões no Brasil (18,75% da população)
* Dado global aproximado

Casos no Brasil
• 25.214.622 – acumulado
• 
186.492 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 29/01 (elevação de 4,89%)
• 
22.763.750 – recuperados
• 2.558.193 – em acompanhamento (variação de 99,09% entre 23/01 e 30/01)
 11.499 – casos acumulados por grupos de 100 mil

Mortes no Brasil
• 626.524 – óbitos confirmados (acumulado)
• 532 – média móvel dos últimos 7 dias encerrados em 29/01 (elevação de 119,83%)
2,5% – taxa de letalidade
• 298,1 – óbitos por grupos de 100 mil


– Dados atualizados em 30/01/2021, às 18h
30

– Dados de vacinação no Brasil são baseados nos informes da Organização Mundial de Saúde (OMS) por meio da Universidade Johns Hopkins e apresentados na plataforma Our World in Data, pois os informes do Ministério da Saúde estão defasados.

Fontes: Ministério da Saúde, secretaria estaduais e municipais de saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), consórcio de veículos de imprensa, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Universidade Johns Hopkins

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