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Nº 106: médica denunciada; oxigênio em SP; Oxford 76%

Kit covid 1: intoxicados e mortos

O Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã, Rio Grande do Sul, confirmou a morte de três pacientes com covid, entre segunda-feira (22) e quarta-feira (25). Ele ganharam inalações com uma solução de hidroxiloroquina diluída em soro, o que pode ter desencadeado reações fatais. O procedimento foi administrado pela médica Eliane Scherer, contrariando as orientações de colegas e da direção do hospital. Ela foi denunciada ao Ministério Público (MP-RS) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM-RS). Na sexta-feira (19), durante uma entrevista para uma rádio gaúcha, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o trabalho de Scherer, uma defensora do procedimento. Todavia, pesquisadores e profissionais de saúde afirmam que os medicamentos do kit covid podem ser nocivos, provocando graves danos aos rins de pacientes. A combinação também pode desencadear hemorragias e até hepatite medicamentosa, conforme apontaram nesta semana pesquisadores Universidade de Campinas (Unicamp), de São Paulo.

Kit covid 2: o escolhido de Queiroga

Médico e professor, Carlos Carvalho é crítico do tratamento precoce

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, escolheu o médico e professor da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Carvalho, para coordenar o grupo que estuda os protocolos de combate à covid-19. Carvalho é um dos maiores críticos cloroquina, remédio defendido por Jair Bolsonaro (sem partido). O novo ministro também deseja implantar em todo o Brasil os protocolos do Hospital das Clínicas e do InCor. Ambas as instituições renegam o kit covid.

Kit covid 3: autonomia não justifica ineficácia

“Autonomia do médico não dá direito de prescrever remédios ineficazes”, afirmou César Eduardo Fernandes, novo presidente da Associação Médica Brasileira (AMB). Ele mudou a orientação da entidade sobre o kit covid. A AMB agora recomenda que o uso de ivermectiva, cloroquina, azitromicina e zinco sejam banidos da luta contra a doença. Pacientes que receberem tal receita devem procurar uma segunda opinião.

São Paulo ganha um fôlego

Bruno Covas, prefeito de São Paulo

A cidade de São Paulo vai construir 19 miniusinas para produção de oxigênio em hospitais e pronto-socorros. Quando totalmente em operação, em 30 de abril, terão capacidade diária para abastecer 900 cilindros, garantindo 807 leitos (596 de enfermaria e 211 de UTIs). Os equipamentos e as instalações custarão quase R$ 9,5 milhões, anunciou o prefeito Bruno Covas (PSDB). Para ajudar, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) doou 400 cilindros ao município.

Covishield boa para 76% dos adoentados

A farmacêutica AstraZeneca atualizou os dados de eficácia da Covishield, a vacina de Oxford, na noite de quarta-feira (24). A empresa afirmou que o imunizante tem eficácia de 76% contra casos em que os pacientes apresentem sintomas. Em idosos com 65 anos ou mais, o índice é de 85%. Porém, ainda são aguardadas as avaliações de 14 casos de possíveis efeitos colaterais, o que pode provocar uma ligeira mudança nos resultados.

Campanha fortalece Boris

A campanha de imunização do Reino Unido revitalizou a aprovação do primeiro-ministro Boris Johnson (imagem), mas seus aliados esperam mais para justificar de vez o Brexit, a saída da União Europeia, aponta o jornal The New York Times nesta quinta-feira (25). A vacinação britânica é vista de forma positiva pela população, por não estar presa às decisões conjuntas de 27 estados-membros, o que causa lentidão. “Johnson terá os dividendos da vacina, e isso lhe dará uma narrativa totalmente nova”, afirmou Matthew Goodwin, professor de política da Universidade de Kent. Ser o primeiro país a vacinar pode ser o único jeito de superar as respostas erráticas à pandemia, o que aumentou a quantidade de vítimas. “O caos destruiu a reputação de competência do Partido Conservador”, destacou o professor.

Mais um golpe da vacina

A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (25), contra um grupo suspeito de oferecer ao Ministério da Saúde, de forma fraudulenta, 200 milhões de doses de vacinas “em nome de um grande consórcio farmacêutico”. A denúncia partiu do próprio ministério. A investigação apontou que dois suspeitos apresentaram credenciais falsas e afirmaram ter exclusividade para a comercialização de um lote, o que levantou suspeitas.

O que mais MONEY REPORT publicou


Painel Coronavírus

Vacinados

  • 489,0 milhões no mundo * (6,52% da população)
  • 15,9 milhões no Brasil * (7,53% da população)
    * Considerando as duas doses
    Dados atualizados em 24/03/21 – 21h

Leitos de UTI

  • 90% de ocupação total em 20 estados brasileiros*
    * Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa

Casos confirmados
• 12.320.169 – acumulado
• 100.158 – novos infectados
• 10.772.549 – recuperados
• 1.244.158 – em acompanhamento
• 5.862,6 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Mortes confirmadas
• 303.462 – óbitos acumulados
• 2.777 – novas vítimas fatais
• 2,5% – letalidade
• 144,4 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

Dados atualizados em 25/03/21 – 18h50

Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz

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