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Nº 116: prioritários sem preferência; doses perdidas; Eek, a cepa japonesa

Furada de fila ameaça grupos de risco de fora

O maior grupo de prioritários na fila da vacinação no Brasil é o de portadores de comorbidades. São quase 18 milhões de pessoas afetadas por diabetes, obesidade, hipertensão, cardiopatias, problemas renais e síndromes debilitantes que podem demorar ainda mais para serem imunizadas, depois que estados e municípios decidiram alterar a ordem da fila no Plano Nacional de Imunização (PNI). A intenção é colocar na frente professores e trabalhadores da educação das redes públicas e forças de segurança. A bagunçada deve ganhar destaque nas próximas semanas e, provavelmente, ir parar na Justiça.

Fiocruz quer eliminar atrasos

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, vai abrir um novo turno em sua linha de produção de vacinas da AstraZeneca/Oxford. Após atrasos na entrega de lotes e insumos, a intenção é estabelecer um ritmo de 1,2 milhão de doses vindas da Biomanguinhos, a partir do final de abril. A nova linha vai aumentar a produção em mais de 300 mil unidades diárias. Na semana passada, foi batido o recorde diário de produção, com 900 mil doses. A Fiocruz é responsável por 20% dos imunizantes aplicados no Brasil – os outros 80% vêm do Instituto Butantan. A meta é entregar até julho cerca de 100 milhões de doses contratadas e produzidas com insumos importados da China. Os outros 110 milhões esperados até o final do ano devem ser totalmente produzidos no Brasil.

Ineficácia com dinheiro público

As prefeituras de Piracicaba e Limeira, em São Paulo, são criticadas por gastarem ao menos R$ 800 mil com aquisições de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Lotes de ivermectina e azitromicina contam nos relatórios de despesas de ambas as administrações. De acordo com o portal G1, o valor equivale ao suficiente para a prefeitura de Piracicaba manter 4 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ao longo de três meses.

Mistura errada estraga 15 milhões de doses

Depois que os ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e da AstraZeneca foram misturados inadvertidamente em uma unidade da Emergent BioSolutions, o governo dos Estados Unidos determinou que apenas uma marca produza no local, a fim de evitar problemas. A administração também foi mudada, passando para a Johnson. A Emergent também foi proibida de produzir as vacinas da AstraZeneca, que não foram aprovadas nos EUA. O material estragado não chegou a envasado. A Johnson precisa entregar 100 milhões de doses contratadas até o fim de maio.

Variante Eek resiste às vacinas

Cerca de 70% dos pacientes com covid-19 testados no Hospital da Universidade de Medicina e Odontologia de Tóquio no mês passado carregavam uma variante conhecida por reduzir a proteção oferecida pela vacina, informou a emissora pública japonesa NHK neste domingo (4). Apelidada de Eek, a cepa E484K foi encontrada em dez das 14 pessoas com teste positivo. para o vírus no Hospital da Universidade de Medicina e Odontologia de Tóquio em março, disse a emissora. Com a Olimpíada programada para começar em julho, o Japão luta contra uma nova onda de infecções. Especialistas em saúde estão particularmente preocupados com a disseminação de cepas mutantes. Na sexta-feira (2), 446 novas infecções foram relatadas em Tóquio, embora o número ainda esteja bem abaixo do pico de mais de 2.500 novos casos diários em janeiro.

O que mais MONEY REPORT publicou

Painel Coronavírus

Vacinados

  • 648,9 milhões no mundo * (8,63% da população)
  • 20,96 milhões no Brasil (9,93% da população)

    Totalmente vacinados
  • 141,66 milhões no mundo (1,8 da população)
  • 5,07 milhões de brasileiros receberam a segunda dose (2,4% da população)

Leitos de UTI

  • 92% * de ocupação total no Brasil
  • 97% de ocupação no estado do Rio Grande do Sul
    * Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa

Casos confirmados
• 12.984.956 – acumulado
• 31.359 – novos infectados
• 11.357.521 – recuperados
• 1.296.002 – em acompanhamento
• 6.179 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Mortes confirmadas
• 331.433 – óbitos acumulados
• 1.240 – novas vítimas fatais
• 2,6% – letalidade
• 157,7 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

Dados atualizados em 04/04/21 – 19h30

Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz

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