Influenciando errado
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus aliados são os principais responsáveis pelos conteúdos divulgados sobre “tratamento precoce”, com medicamentos sem eficácia para a covid-19, aponta o levantamento da revista Veja deste sábado (10). A quantidade de publicações com esse tipo de conteúdo vem crescendo desde março de 2021, quando a quantidade de mortes rompeu em duas semanas a marca das 3 mil vítimas diárias e depois das 4 mil. Bolsonaro é o maior influenciador do tratamento, seus posts alcançaram 4,98 milhões de pessoas desde o início de 2021 até 26 março. Na sequência o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), 2,69 milhões de pessoas, e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), 1,80 milhões de pessoas. Apesar disso, Carla Zambelli (PSL-SP) é a parlamentar que mais realiza publicações sobre este assunto em 43,3%, seguida de Eduardo e Jair Bolsonaro em 31,1% e 28,9%, respectivamente.
Fase vermelha paulista
A partir de segunda-feira (12) o estado de São Paulo retorna à fase vermelha de enfrentamento à pandemia. O anúncio foi dado durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira (9) no Palácio dos Bandeirantes. Com a queda de internações, todas 645 cidades retornam à fase vermelha até 18 de abril. Porém, algumas restrições serão mantidas, como o toque de recolher das 20h às 5h e veto a cultos religiosos. As fiscalizações contra aglomerações e festas clandestinas continuam.
Revisão de eficácia
Um artigo enviado neste domingo (11) para revisão de pares e publicação na revista científica The Lancet aponta que a CoronaVac, Instituto Butantan e Sinovac tem eficácia de 50,7% para casos sintomáticos da doença, podendo chegar a 62,3% de eficácia quando há um intervalo maior entre as duas doses da vacina. Em janeiro, o governo havia anunciado que a eficácia da vacina estava em torno de 50,38%. Segundo o estudo que embasou o artigo, a eficácia global da vacina chegou a 62,3% quando a segunda dose foi aplicada em um intervalo superior a 14 dias da primeira dose. A segunda dose pode ser aplicada em um intervalo entre 14 e 28 dias. Outro resultado divulgado no artigo é que a vacina tem uma eficácia entre 83,7% e 100% para os casos que requerem assistência médica. O dado superou o que o governo paulista anunciado anteriormente para casos moderados em torno de 77,96%.
Intervalo seguro
Enquanto a vacinação no Brasil caminha, uma das dúvidas mais comuns é o que muda no caso de quem já teve a doença e quando a aplicação da vacina deve ocorrer. Segundo o infectologista Hemerson Luz, quem já teve a covid-19 deve esperar ao menos um mês antes de tomar a vacina. Este intervalo é contado a partir de 14 dias depois do diagnóstico positivo, quando foi convencionado que a pessoa se livra do vírus.
Vacinas excedentes americanas
O governo de Joe Biden está dando os primeiros passos para expandir os esforços globais, aumentando sua oferta (3 vezes mais que o necessário) para o que se tornará um superávit, enquanto o mundo encara a escassez, aponta uma reportagem do jornal americano The Hill. Críticos afirmam que o país deveria distribuir o excedente, mas o governo hesita para garantir a sua meta de inocular 200 milhões de pessoas até o final de abril. Porém, nos últimos dias, as principais autoridades financeiras e diplomáticas indicaram que há uma estratégia para equilibrar as necessidades humanitárias e as necessidades dos EUA na diplomacia de vacinas.
Quando vou ser vacinado?
O avanço da vacinação no Brasil gerou dúvidas sobre a data em que poderão ser imunizadas. Por isso, o site “Quando vou ser vacinado?” foi criado, ele faz projeções a partir de registros estaduais. Lançado na quinta-feira (8) pela equipe do painel @CoronavirusBra1, que reúne dados da pandemia e da vacinação no Brasil – basta informar idade e estado, e informar e grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI). Exemplo, no ritmo atual, uma pessoa de 30 anos em São Paulo que não está no PNI levaria 8 meses e 7 dias para receber a primeira dose. Isso porque à frente ainda estão cerca de 27,2 milhões de pessoas.
A Turma da Mônica explica
O que mais MONEY REPORT publicou
- China quer aumentar eficácia de suas vacinas
- Todas as vacinas importam — inclusive as importadas por empresas privadas
Painel Coronavírus
Vacinados
• 773,47 milhões no mundo (10,6% da população)
• 26,5 milhões no Brasil (12,5% da população)
Segunda dose
• 168,5 milhões no mundo (2,2% da população)*
• 6,03 milhões de brasileiros (2,9% da população)
*dados arredondados*
Leitos de UTI
• 80% * de ocupação total em 18 estados brasileiros e o DF
* Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa
Casos confirmados
• 13.482.023 – acumulado
• 37.017 – novos infectados
• 11.880.803 – recuperados
• 1.248.083 – em acompanhamento
• 6.415,5 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas
• 353.137 – óbitos acumulados
• 1.803 – novas vítimas fatais
• 2,6% – letalidade
• 168,0 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados atualizados em 10/04/21 – 19h30
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz.