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Nº 201: CoronaVac a partir dos 3 anos; Wimbledon aplaude; Janssen para moradores de rua

Imunização para crianças e adolescentes

A CoronaVac é segura e produz imunidade para a faixa etária de 3 a 17 anos, apontam as pesquisas de fase 1 e 2 publicadas na The Lancet desta segunda-feira (28). No estudo randomizado, controlado e duplo-cego, foram avaliadas 550 crianças e adolescentes (71 na fase 1 e 479 na fase 2) para medir a segurança, a tolerabilidade e a imunogenicidade (capacidade de resposta imune) das duas doses do imunizante da Sinovac em um intervalo de 28 dias. O trabalho foi conduzido pelo centro de controle sanitário da província chinesa de Hebei. Foi detectada elevação na produção de anticorpos em 96% dos participantes, após 28 dias da segunda dose.

  • Brasil: o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que a inclusão das crianças e adolescentes de outros países e a publicação dos dados do estudo chinês podem acelerar o processo de autorização para essas faixas etárias no Brasil.

Detalhamento da pesquisa

  • 550 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos incluídos na pesquisa;
  • 96% ganharam anticorpos 28 dias após a segunda dose;
  • 27% reportaram efeitos colaterais;
  • Não houve diferença significativa nos efeitos colaterais entre a dose mais alta em comparação à dose menor.

Bem que poderia ser no Brasil

Na abertura do Torneio de Wimbledon, o mais tradicional do tênis mundial, nesta segunda-feira (28), o reconhecimento entusiasmado do público ao anúncio na presença nas arquibancadas da quadra central de funcionários do sistema de saúde britânico (NHS) e pesquisadores que ajudaram no desenvolvimento da vacina Covishield, da AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. A mais aplaudida foi uma das criadoras da vacina, Sarah Gilbert (no destaque), que estava no camarote real. Por aqui, nada é sequer cogitado.

O que MONEY REPORT publicou hoje

AstraZeneca em 3 etapas

Uma terceira dose da vacina Covishield produz forte resposta imune, com aumento de anticorpos e de células T, afirmaram pesquisadores da Universidade de Oxford nesta segunda-feira (28), acrescentando que ainda não há evidências de que esse reforço é mesmo necessário. Em outro estudo, é analisado o resultado da aplicação da segunda dose até 45 semanas (11 meses) após a primeira. Hoje esse espaçamento é de 12 semanas (3 meses).

Dose única para vulneráveis

Com a vantagem de uma única aplicação, a vacina da Janssen acabou ocupando um lugar especial na estratégia de saúde pública. O plano é usar o imunizante pessoas em situação de rua e caminhoneiros, públicos que apresentam a maior possibilidade de não voltarem para a segunda dose ou que precisam de maior rapidez no ciclo vacinal. Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte e as cidades de São Paulo e Araguaína (TO) adotaram essa estratégia. A prefeitura da capital paulista reservou 14 mil doses (12% de seu lote) à população de rua. Em Minas, 149 mil (80%) irão para moradores de rua, trabalhadores do transporte coletivo, da limpeza urbana e das forças de segurança e salvamento. No Paraná, além dos moradores de rua, as 91.250 doses serão aplicadas em trabalhadores do transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário. No Rio Grande do Norte, a determinação é vaga. O que se sabe é que as 24.300 doses irão para quem tiver dificuldades de receber a segunda.

UTIs paulistas menos lotadas

O estado de São Paulo registrou nesta segunda-feira (28) 9.981 internações em UTIs por covid-19. O estado não tinha menos de 10 mil pessoas nessas unidades desde 16 de maio. A semana epidemiológica encerrada no último sábado (26) teve baixa de 8,9% nas novas internações. Além de quem está em UTIs, também há 10.697 pacientes internados em enfermarias. Todos somados representam uma taxa de ocupação de leitos de covid-19 de 75,9% nos estados e de 70,1% na Grande São Paulo. São Paulo acumula 3,7 milhões infecções e 126.112 óbitos.

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Informe publicitário

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Vacinação de indígenas na fronteira norte

Os povos que vivem em trânsito entre as fronteiras de Brasil, Venezuela e Guiana estão recebendo vacina. A medida é uma cooperação entre a Operação Acolhida, os ministérios públicos federal e estadual e o governo de Roraima. A intenção é vacinar 100% dos indígenas que pertencem às etnias warao, eñepá e pemon. Na fronteira, a meta é vacinar 90% dos indígenas, o que deve ser atingido em até 40 dias. Com 603 mil aplicações, foram imunizados 82% com a primeira dose e 73% com as duas doses.

Resultados excelentes em Botucatu

Um estudo do Ministério da Saúde com a AstraZeneca mostrou uma redução de 71% nos casos da doença seis semanas após a vacinação em massa em Botucatu (SP). Na última semana, fechada no sábado (26), essa média ficou em 40 casos por dia, contra 73 registros na semana anterior, uma queda de 45%. No acumulado entre a quinta-feira e a sexta-feira, uma semana após a vacinação em massa, houve uma redução de 71,3% nos casos. Um estudo similar, feito com a CoronaVac, no município de Serrana (SP), também apresentou resultados positivos, com queda de 95% das mortes na cidade. Uma pesquisa em Viana (ES) avalia a eficácia de meia dose da AstraZeneca ainda está em andamento.

Solução mineira

O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e um laboratório americano estão em negociação para a fabricação da vacina em desenvolvimento pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Bacchereti informou nesta segunda-feira (28) que o contrato de transferência de tecnologia já está em análise final na Advocacia-Geral do Estado (AGE). As tratativas com o laboratório dariam à Funed independência na produção de vacinas no Estado, uma necessidade diante de novos surtos nos próximos anos. O laboratório se chama Covax, tem fábrica em Taiwan, mas mudará de nome por causa do consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dimas responde

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas afirma: “A vacina, com os dados que temos, mostram que ela impede os sintomas da doenças, mas não impedem a transmissão”. Confira:

Painel Coronavírus

Vacinados (cumulativos)
• 2,96 bilhões no mundo (39,46% da população)
• 96,8 milhões no Brasil (45,4% da população)

Segunda dose *
• 758,46 milhões no mundo (10,6% da população)
• 25,75 milhões de brasileiros (12% da população)
* dados aproximados

Leitos de UTI *
• 80% de ocupação total em 17 estados brasileiros e o DF
* Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa

Casos confirmados no Brasil
• 18.448.402 – acumulado
• 27.804 – novos infectados
• 16.673.329 – recuperados
• 1.260.981 – em acompanhamento
• 8.778,8 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Mortes confirmadas no Brasil
• 514.092 – óbitos acumulados
• 618 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 244,8 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

Dados atualizados em 28/06/21 – 19h

Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz

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