LA contra a variante
As autoridades de saúde de Los Angeles, Califórnia, recomendam que a população use máscaras em locais públicos, independente do status de vacinação, para evitar a propagação da cepa delta (B.1.617.2), identificada na Índia, aponta o jornal britânico The Guardian nesta terça-feira (29). A recomendação de segunda-feira (28) vem no momento que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) analisa que a variante é responsável por cerca de uma em cada 5 novas infecções no país. Com mais de 10 milhões de residentes, Los Angeles é o condado mais populoso dos Estados Unidos. Quase 68% dos residentes com mais de 16 anos receberam pelo menos uma dose e 59% foram totalmente imunizados. A região metropolitana acumula mais de 1,2 milhão de casos e mais de 24 mil mortes.
O que MONEY REPORT publicou hoje
- O caso da Covaxin poderia estar no filme “Minority Report”
- CPI deve ser prorrogada por mais 90 dias
- Precisa pede que Anvisa libere uso emergencial da Covaxin
- Rosa Weber vai relatar queixa-crime contra Bolsonaro sobre compra de vacina
- Senadores criticam investigação que poupou governador do Amazonas
- Nova denúncia envolve Saúde e irregularidades na aquisição de vacinas
Sem Covaxin por enquanto
Os ministros Marcelo Queiroga (imagem), da Saúde, e Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), anunciaram a suspensão do contrato de compra da vacina indiana Covaxin nesta terça-feira (29). A CPI da Pandemia e o Ministério Público Federal investigam o contrato após o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, e seu irmão, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciarem movimentos atípicos da pasta para aceleração da aquisição do imunizante. O contrato do governo era para 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão. “O tempo de suspensão durará durante o prazo de apuração. Colocamos a equipe para fazer uma apuração reforçada para ser bastante célere nesse processo e esperamos em não mais de dez dias ter uma resposta”, afirmou Rosário.
O que o deputado do Amazonas disse à CPI
O resumo do que disse o deputado estadual Fausto Jr. (MDB-AM), relator da CPI da saúde no Amazonas. Sua convocação é uma tentativa transversal de investigar a gestão amazonense devido à impossibilidade de convocação do governador Wilson Lima (PSL).
- CPI do AM: os senadores apontaram que as investigações do relator foram pouco aprofundadas, mesmo após 120 dias de apuração. Fausto Jr. explicou que foram 50 pedidos de indiciamento,14 prisões e mais de 17 crimes após investigações. Ele explicou que entregou o apurado à Polícia Federal;
- Negação: “É importante frisar que havia uma negação da urgência da pandemia naquele momento”, ao explicar a gestão da saúde antes do pico de janeiro;
- Respiradores: ele afirmou que parte do que foi recebido estava danificado. Porém, o estado não empenhou a verba disponível em 2020 (R$ 2,6 bi) na compra de respiradores durante a pandemia. “Má gestão não é crime”, afirmou Fausto ao defender o governador, Wilson Lima. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), rebateu: “Em meio a uma pandemia não comprar respiradores é crime contra a saúde pública”;
- Escolhas: Fausto Jr. destacou que o socorro vindo da Venezuela foi muito bem-vindo naquele momento de caos;
- Vice-governador: explicou que o vice-governador do estado, Carlos Almeida (PSDB), era coordenador de uma força-tarefa de resposta à pandemia na primeira onda, por isso, se o Amazonas foi usado para imunidade de rebanho por contaminação, ele deveria saber disso;
- Constituição: à senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), o parlamentar afirmou que a constituição estadual não permitia convocar o governador Wilson Lima para a CPI local. Falso. A convocação do deputado estadual ao Senado só ocorreu devido à impossibilidade do Legislativo de fiscalizar o Executivo pelo princípio da separação dos poderes, papel das assembleias legislativas estaduais, conforme entendimento da ministra do STF, Rosa Weber, em 21 de junho.
- Confira a página 21 da Constituição do estado do Amazonas
Delta e as reinfecções
Uma pesquisa internacional que contou com participação de cientistas da Fiocruz sugere que a cepa delta tem potencial de causar mais reinfecções. O trabalho foi publicado na revista científica Cell e repercutido pela Fiocruz na segunda-feira (28). O estudo mostra que os infectados por variantes têm menos anticorpos potentes contra a delta. A Fiocruz destacou o risco no Brasil, já que cepa gamma (P.1), de Manaus, é dominante e pode desencadear novas ondas de contaminações.
CanSino descontinuada no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na noite dessa segunda-feira (28), que encerrou o processo de análise da autorização de uso emergencial da vacina chinesa da CanSino, a Convidecia. A decisão, por unanimidade, foi tomada após um desacordo entre a fabricante e suas representantes no Brasil. A reguladora foi notificada pela CanSino em 17 de junho de 2021, que a Belcher Farmacêutica e o Instituto Vital Brazil não possuíam mais autorização para representar a empresa. O Ministério da Saúde havia negociado a aquisição de 60 milhões de doses e chegou a assinar um contrato de intenção por R$ 5 bilhões em maio de 2021.
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Combinando vacinas
A Prefeitura do Rio de Janeiro autorizou a combinação das vacinas AstraZeneca e Pfizer, respectivamente em primeira dose e segunda dose, em grávidas, nesta terça-feira (29). A medida já é adotada no Canadá e no Chile. Na sexta-feira (25), cientistas da Universidade de Oxford divulgaram resultados preliminares de um estudo na revista científica The Lancet que apontou que a intercambialidade induz uma boa resposta imune. As conclusões foram que as combinações (Pfizer + AstraZeneca ou AstraZeneca + Pfizer) geram níveis de anticorpos mais altos que duas da AstraZeneca. Não houve problema com a segurança dos imunizados.
Moderna contra a cepa delta
A vacina da Moderna produziu resposta imunológica contra a variante Delta (B.1.617.2), em testes laboratoriais, informou a farmacêutica nesta terça-feira (29).
Ceará sem reservas
O estoque de primeiras e segundas doses de vacinas de Fortaleza (CE) são suficientes apenas aos agendados até esta quarta-feira (30). Até então, a capital cearense vinha realizando mutirões e acelerando o ritmo da imunização.
Dados atualizados até 28 de junho
- Receberam a 1ª dose: 3.005.513
- Receberam a 2ª dose: 1.075.284
Fonte: Secretaria de Saúde do Ceará
Máscara instantânea
Uma máscara criada por engenheiros da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, detecta se o usuário está contaminado por coronavírus em 90 minutos. O teste de alta precisão e baixo custo, cerca de R$ 25, pode ser adaptado para indicar as variantes ou outros patógenos, como bactérias e toxinas. Para a testagem, o usuário deve primeiro utilizar a máscara por um tempo médio de 15 a 30 minutos. Os responsáveis afirmam que a tecnologia tem sensibilidade comparável aos testes PCR, mas com a vantagem da rapidez, já que os exames demoram até 3 dias para dar os resultados.
FAQ do Butantan
Painel Coronavírus
Vacinados (cumulativos)
• 3 bilhões no mundo (40% da população)
• 96,91 milhões no Brasil (45,49% da população)
Segunda dose *
• 802,5 milhões no mundo (10,7% da população)
• 25,77 milhões de brasileiros (12,1% da população)
* dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 18.513.305 – acumulado
• 64.903 – novos infectados
• 16.779.136 – recuperados
• 1.218.184 – em acompanhamento
• 8.810 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 515.985 – óbitos acumulados
• 1.893 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 246 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados atualizados em 29/06/21 – 18h30
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz