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Nº 251: Opas alerta para a reabertura; delta e gama no Brasil; CPI da fraude irrelevante

Abertura arriscada

Governadores e prefeitos pelo país têm reduzido as restrições ao comércio e aos serviços, apoiados no argumento de que os números da pandemia estão caindo enquanto a vacinação em massa avança. A prefeitura paulista, por exemplo, já anunciou a volta de público aos estádios e a reabertura de eventos comerciais e casas de shows. Mas essa maior abertura pode levar a um avanço rápido da variante delta no país e não seria hora de relaxar, diz Jarbas Barbosa, vice-diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). De acordo com o governo estadual, em 1º de agosto a cepa perfazia 5% dos casos em São Paulo, subindo para 25% na região metropolitana da capital.

“Nada é risco zero, porque até os vacinados podem transmitir. Antes uma pessoa vacinada tinha 50% menos chance de transmitir. Com a delta, isso seguramente cai porque a carga viral é maior”

Jarbas Barbosa, vice-diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)

A opinião de Barbosa é corroborada pela Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), que nesta terça-feira (17) divulgou uma nota criticando as medidas de reabertura.

“Entendemos que a abertura deveria ser mais gradual e lenta, face aos riscos representados pela variante delta do coronavírus”

Nota pública da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI)

O que MONEY REPORT publicou hoje:

O que o auditor do TCU disse à CPI

Marques: “O estudo foi considerado irrelevante”

Na sessão desta terça-feira (17), a comissão ouviu o auditor afastado do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Costa Marques. Ele afirmou que o relatório divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro no cercadinho do Palácio Alvorada, em 7 de junho, estava adulterado. Marques explicou que seu pai, o coronel da reserva, Ricardo Silva Marques, é próximo a Bolsonaro e por isso, aquele documento preliminar sobre uma superestimação das mortes por covid-19 teria chegado a Bolsonaro por seu pai. “O arquivo não era um papel de trabalho, uma instrução processual ou documento oficial do TCU, nada do tipo. Era apenas um debate preliminar e aberto, mas que foi considerado encerrado”, afirmou. O depoente disse não ter relação direta com a família Bolsonaro, mas que seu pai estudou com o presidente na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Questionado se tinha o hábito de repassar informações de seu trabalho no TCU ao seu pai – o que configuraria improbidade administrativa -, Marques disse que se tratou de uma situação excepcional. Também disse ter sido ideia sua realizar o estudo. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou o comportamento “zeloso”. O que surpreendeu os senadores foram as datas. Marques enviou um documento apócrifo no formato Word (sem estar timbrado pelo TCU) ao seu pai via WhatsApp em 6 de junho, entre 18h e 18h30. Já Bolsonaro apareceu às 8h da manhã do dia seguinte com o papel timbrado do TCU.

  • Irrelevância – questionado sobre o que a equipe do TCU achou ao analisar seu estudo, afirmou: “Na conversa que tive com a colega que está coordenando o trabalho e que é aberta para toda a equipe, concordamos que seria impossível haver um conluio para deliberadamente supernotificar os casos de óbitos de covid-19 e por isso [o estudo], foi considerado irrelevante”;
  • Comparativos – o senador Marcos Rogério (DEM-RO) perguntou sobre as diferenças entre o documento original e o adulterado. O depoente afirmou que o original não estava timbrado, não havia marcações, que aquela não era a interpretação correta dos dados;
  • Crimes: após o depoimento, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), citou o crime de falsificação de documento público, previsto no artigo 297 do Código Penal, com pena de 2 a 6 anos, mais multa, podendo ser aumentada em um sexto se o autor é servidor público, o que seria o caso do presidente.

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Informe Publicitário

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51 milhões imunizados

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (17) que mais de 51,15 milhões completaram seus ciclos vacinais com dose única ou duas doses, o que representa 31,9% da população acima de 18 anos. O andamento da vacinação pode ser conferido na plataforma LocalizaSUS, atualizada diariamente.

Gama prevalece, mas delta avança

Não há dúvidas sobre o avanço da cepa delta no Brasil, porém a variante predominante no país segue sendo a gama. Mesmo assim, especialistas acreditam que esse dados ainda precisam ser analisados com cautela. Apesar das contaminações em alta, ainda não há transmissão comunitária, como ocorre em outros países.

“O que temos é a transmissão interna da delta. Mas a predominância ainda é da variante gama”

Ricardo Khouri, pesquisador da Fiocruz e professor de imunologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Anticorpos no leite materno

Painel Coronavírus

Vacinados (cumulativos)
• 4,76 bilhões no mundo (63,46 % da população)
• 117 milhões no Brasil (54,93% da população)

Segunda dose *
• 1,2 bilhão no mundo (16% da população)
• 51,15 milhões de brasileiros (24% da população)
*dados aproximados

Casos confirmados no Brasil
• 20.416.183– acumulado
• 37.613 – novos infectados
• 19.313.546 – recuperados
• 532.039 – em acompanhamento
• 9.715,2 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Mortes confirmadas no Brasil
• 570.598– óbitos acumulados
• 1.106 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 271,5 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

Dados atualizados em 17/08/21 – 18h30

Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz

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