O que disse o representante da FIB Bank à comissão do Senado
Na sessão desta terça-feira (24), a comissão ouviu Roberto Pereira Ramos Júnior (imagem), diretor-presidente da FIB Bank, a garantidora de crédito da Precisa Medicamentos para a compra da Covaxin. Ele foi questionado sobre como a sua empresa pode ser lastreada em um fundo de R$ 7,5 bilhões, se possui apenas quatro terrenos (três no Paraná e um em São Paulo). De acordo com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), os terrenos no PR não existem e o de SP não tem registro – as cartas de garantia para a compra das vacinas seriam fraudulentas. Há na Justiça 28 processos de execução contra a FIB, que é parceira da Precisa em outros contratos com a União (imagem abaixo).
- O rolo dos terrenos: o depoente explicou que o fundo estava em estruturação e que os sócios e proprietários do terreno de SP haviam falecido;
- Conexão: a CPI voltou a citar o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que seria ligado aos CEOs da FIB Bank, Marcos Tolentino da Silva, e da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. Os três teriam participado de um jantar com o ex-ministro Eduardo Pazuello;
- Tolentino: o verdadeiro dono da empresa parece ser Marcos Tolentino, advogado e amigo de Barros. O endereço e o telefone da MB Guassu, dona original de um dos terrenos seriam do escritório Tolentino, Benetti & Associados – Gestão Tributária e Empresarial. A empresa, a Pico do Juazeiro, que detém 4% do capital social, tem o mesmo endereço da Rede Brasil, emissora TV de Tolentino;
- Suspensão: a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que fará um requerimento pedindo a suspensão de todas as cartas de fiança/garantia timbradas ou assinadas pela FIB Bank no governo, já que a lei de licitação não admitiria este tipo de operação;
- Comparativos: “A gente recebe muitas mensagens. Uma mensagem que eu recebi diz que o Palácio de Buckingham custa US$ 1,5 bilhão. Então, o terreno que o senhor tem dá pra comprar o palácio”, comentou o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).
O que MONEY REPORT publicou hoje:
Queda na proteção
As vacinas da Pfizer e AstraZeneca registram queda significativa no nível de proteção após seis meses, informa um estudo britânico que defende doses de reforço. O estudo foi elaborado a partir de dados de quase um milhão de usuários do aplicativo Zoe Covid, criado por um grupo privado. Um mês depois da segunda dose, a eficácia da vacina da Pfizer foi de 88%, mas a proteção contra eventuais contágios cai para 74% entre cinco e seis meses. Para a vacina da AstraZeneca, a eficácia passa de 77% um mês depois da segunda dose para 67% entre quatro e seis meses.
EUA podem controlar covid até 2022
Se o ritmo das vacinações for acelerado, os Estados Unidos podem controlar a covid-19 até o início do ano que vem, afirmou o imunologista e consultor da Casa Branca Anthony Fauci. Maior especialista em doenças infecciosas do país, Fauci disse que a aprovação definitiva da vacina da Pfizer esta semana abre caminho para o imunizante da Moderna. Nos próximos meses, criança pequenas devem começar a receber as suas doses.
Menor média de casos desde novembro
O Brasil registrou 885 mortes por covid em 24 horas na terça-feira (24), totalizando. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 730 — a menor desde o dia 6 de janeiro (quando estava em 729). Na comparação com a média de 14 dias atrás, a que foi de animadores 19%. O número de novos casos relatados globalmente também “parece estar se estabilizando”, após aumentar por quase dois meses, aifrmou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Guaxupé será campo de provas da ButanVac
O Instituto Butantan realizará testes com sua vacina ButanVac em não vacinados que residem na cidade mineira de Guaxupé. O anúncio foi feito pelo presidente do laboratório público, Dimas Covas, nesta quarta-feira (25). O estudo terá duas fases. Na primeira, participam pessoas ainda não vacinadas ou que não tiveram covid. Na seguinte, todos os residentes acima de 18 anos.
Vacina americana em estudo no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quarta-feira (25) um estudo clínico para mais uma vacina contra a covid. A pesquisa é da empresa norte-americana de biotecnologia Inovio. Será o 12º estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado no país. O imunizante prevê a aplicação de duas doses com intervalo de 28 dias.
Recuperação econômica asiática perde impulso
A robusta recuperação econômica da Ásia está perdendo ímpeto diante dos aumento das contaminações, com lojas esvaziadas e fábricas reduzindo o ritmo após um primeiro semestre de sucesso. As maiores empresas da China, Japão, Taiwan, Coreia do Sul e Singapura devem registrar 6,2% de lucro declinante no período de julho-setembro. A primeira queda no período no últimos seis anos, mostra um cálculo da Reuters baseado em dados da Refinitiv Eikon sobre 1.069 empresas com capitalização de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão.
Máscara reduz contágio em 20%
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) enfatizou a importância de medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social para reduzir os casos de covid. Durante entrevista coletiva, o diretor-assistente da entidade, Jarbas Barbosa, afirmou que estudos apontam que apenas o uso de máscaras já pode reduzir os casos da doença de 10% a 20%. “A vacinação e medidas como o uso de máscaras tornam o fim da pandemia mais próximo”, ressaltou Barbosa, que disse não ser possível agora fazer uma estimativa sobre quando terminará a pandemia.
Coronovac distribuída
Painel Coronavírus
Vacinados (cumulativos)
• 5,04 bilhões no mundo (67,2% da população)
• 123,28 milhões no Brasil (58,8% da população)
Segunda dose *
• 1,9 bilhão no mundo (24,4% da população)
• 56,62 milhões de brasileiros (26,58% da população)
*dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 20.645.537 – acumulado
• 30.671 – novos infectados
• 19.577.135– recuperados
• 491.757 – em acompanhamento
• 9.824,3 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 576.645– óbitos acumulados
• 903– novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 274,4 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados atualizados em 25/08/21 – 18h
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz