Bolsonaro constrangerá o Brasil em NY
Delegações estrangeiras que participarão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foram avisadas que todos os participantes, incluindo os líderes globais, precisarão apresentar comprovante de imunização para entrar no evento que ocorrerá em Nova York. O presidente Jair Bolsonaro, que anunciou que pretende comparecer presencialmente, mas alegou em agosto deste ano que será o último brasileiro a se imunizar. Como manda a tradição, ele é o chefe de estado brasileiro, e deve fazer o discurso de abertura em 21 de setembro. Pela data, ele já deveria estar imunizado com ao menos a primeira dose da Pfizer (intervalo de 10 semanas entre as doses). A vacina amplamente aceita na comunidade internacional e nos EUA. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (15), diplomatas brasileiros afirmaram, sob condição de anonimato, que a exigência do comprovante não se aplica aos chefes de Estado, que têm protocolo próprio para acessar o edifício da ONU, ou seja, não haveria impedimento para a viagem Bolsonaro. Alguns destacaram, entretanto, que a negação do presidente por opção, cria um constrangimento internacional ao Brasil.
O que MONEY REPORT publicou hoje:
O que Albernaz disse à CPI
Na sessão desta quarta-feira (14), a comissão ouviu o lobista, Marconny Albernaz de Faria, suspeito de intermediar o contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde. O depoente abusou do habeas corpus (HC) preventivo concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e alegou em diversas ocasiões esquecimento. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) o chamou de cínico devido às evasivas. Vale lembrar que ele foi à comissão sob vara judicial pelo não comparecimento na primeira convocação. Ele não deixou clara a sua profissão e alegou “assessoramento técnico-político” e disse ser responsável por fazer análise de viabilidade política para empresas privadas – ou seja, lobista. Ele disse que não tinha contrato formal com a Precisa, mas invocou uma cláusula de sigilo ao ser questionado sobre sua relação com a empresa. A senadora, Soraya Thronicke (PSL-MS) o questionou: “Como cláusula se não há contrato?”. O depoente requereu o silêncio. Ele negou, inicialmente, relação com a família do presidente Jair Bolsonaro, mas depois confirmou que esteve na festa de aniversário de Jair Renan, filho do presidente. O lobista afirmou que foi filiado ao Patriota por seis meses. Chamou a atenção de todos quando ele disse ter clientes no Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, mas não disse quais os parlamentares e utilizou as tais “cláusula de sigilo”.
- Grupo: de acordo com os indícios, Albernaz pertenceria a um grupo, formado pelo líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias e pelo ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana;
- Visitas: mensagens de seu celular fizeram referências a conversas com um senador. Para esclarecimentos, a senadora Leila Barros (Cidadania-DF) pediu à Polícia Legislativa que levantasse o registro de todas as entradas de Albernaz na Casa;
- Ex-esposa do presidente convocada: a CPI também aprovou a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle. A comissão alegou indícios que ela mantinha relação de proximidade com o lobista e que, a pedido dele, atuou para fazer indicações para cargos no governo federal. Albernaz recorreu ao HC quando questionado se Ana Cristina atuou, em nome dele, na indicação dos cargos.
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Informe Publicitário
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Remessas devem ser contínuas
A União Europeia (UE) tem vacinas suficientes para garantir uma terceira dose ao bloco, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (à direita). Ela destacou que a prioridade para 2022 é o combate à pandemia e por isso a UE doará 200 milhões de doses até meados de 2022 aos subdesenvolvidos. O mundo deve produzir quase 12 bilhões de doses este ano. A revista científica Nature estima que seja 11 bi seja suficiente 70% do mundo e para o toda a população global, 15,7 bi. Devido a capacidade de transmissão, 90% deveriam ser imunizadas com as duas doses, por volta de 14 bilhões, perfazendo as duas doses – isso sem contar as doses de reforço conforme as variantes aparecem. Os esforços dos países desenvolvidos são bem-vindos, mas 200 milhões doses são irrisórias, a não ser que sejam repasses contínuos.
Hospitalizações em SP caem 68%
Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo mostra que 81,7% dos 629 pacientes internados em hospitais da rede pública já foram imunizados com ao menos uma dose. Do total de hospitalizados, 51,6% (325 doentes) já receberam as duas doses ou receberam dose única. Apenas 18,3% (115 pacientes) não foram vacinados. Os dados foram coletados na segunda-feira (13).
Comprovante carioca
A cidade do Rio de Janeiro inicia nesta quarta-feira (15) a exigência de comprovação da vacina para o acesso a estabelecimentos como academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes, estádios, vilas olímpicas, cinemas, teatros, circos, salas de concerto, museus, recreação infantil, pontos turísticos e feiras comerciais. A medida foi anunciada em 27 de agosto e deveria começar em 1º de setembro, mas foi adiada devido à instabilidades no app ConecteSUS, onde é gerado o comprovante digital da imunização.
Os pioneiros contra pólio
O departamento de saúde do Nebraska recordou que em 1954, a poliomielite ainda era uma realidade triste que acarretava um grande problema para a vida. A vacina começou como um grande ensaio clínico de 1,3 milhão de crianças em todo o estado. Os cidadãos se autodenominaram os pioneiros da pólio, por serem os primeiros se vacinarem na esperança de acabar com a doença. Nove meses após o término do ensaio, o imunizante foi considerado seguro e eficaz. Em 1955, começou campanha contra a poliomielite e 25 anos depois, a transmissão doméstica havia praticamente desaparecido. A vacina agora é obrigatória em todos os 50 estados.
América Latina vacinada
Painel Coronavírus
Vacinados
• 3,39 bilhões no mundo (43,05% da população)
• 5,79 bilhões no mundo (77,2% da população – cumulativo)
• 139,21 milhões no Brasil (65,2% da população)
Segunda dose *
• 2,37 bilhões no mundo (30,5% da população)
• 75,45 milhões de brasileiros (35,3% da população)
* dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 21.019.830 – acumulado
• 13.406– novos infectados
• 20.108.417 – recuperados
• 323.616 – em acompanhamento
• 10.002 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 587.797 – óbitos acumulados
• 731 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 279,7 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados atualizados em 15/09/2021, às 18h
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz