“Carnaval ano que vem será um erro“
O médico e escritor Drauzio Varella avaliou que o Brasil está em uma situação melhor quando se trata do coronavírus, com número de mortes mais baixo do que meses atrás. No entanto, disse que não é hora de relaxar e que o país ainda não está pronto para conviver despreocupadamente com grandes aglomerações. “Não estamos em situação ideal, mas estamos um pouco melhor: 500 mortes por dia ainda é muito. A epidemia não acabou e nem acabará, não vai ter Carnaval ano que vem, se tiver, está errado, porque corremos risco de repiques”, afirmou ao UOL News, lembrando que naquela época, os óbitos diários eram mais de mil.
Negros em maior risco
O risco de morrer de covid-19 é significativamente maior para homens negros e mulheres brancas e negras do que para homens brancos no Brasil. É o que concluíram pesquisadores que analisaram dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, sobre 67,5 mil pessoas que morreram por causa do novo coronavírus no ano passado. Ligado à Rede de Pesquisa Solidária, que reúne instituições públicas e privadas, o grupo concluiu que as desigualdades raciais e de gênero contribuem para aumentar o risco de morte mesmo entre pessoas com atividades profissionais que as colocam no topo da pirâmide social. Foram considerados indivíduos entre 18 e 65 anos e com ocupação profissional registrada no sistema do Ministério da Saúde. Os pesquisadores usaram técnicas estatísticas para evitar que comorbidades e outras características pessoais prejudicassem as comparações.
O que MONEY REPORT publicou hoje:
- CPI se encaminha para o fim. O que acontecerá depois?
- Psicólogo se alia a traders para enfrentar a estafa mental do mercado
Menos internados em UTIs
O Estado de São Paulo registrou no sábado (25) menos de 2,5 mil internados tanto em leitos de terapia intensiva quanto de enfermaria. A última data em que estes indicadores ficaram abaixo desta marca foi em 5 de abril de 2020, cerca de 18 meses atrás. Neste final de semana havia 4.925 pessoas hospitalizadas pela doença, sendo 2.346 em UTI e 2.479 em leitos clínicos. No pico da segunda onda, no primeiro semestre deste ano, esse número chegou a ser 6 vees maior.
_________________________________________________
Informe Publicitário
___________________________________________________
O segredo das enzimas em casos graves
Um estudo de pesquisadores da USP em Ribeirão Preto (SP) identificou aumento nos níveis de duas enzimas em pacientes com sintomas graves da covid. Esse aumento, segundo os cientistas, pode explicar as complicações que a doença provoca em algumas. “Pode estar relacionado com essas alterações pulmonares que encontramos, onde você tem fibrose pulmonar, esse colapso que ocorre nos casos graves”, diz a pesquisadora Christiane Becari.
Medicamento oral da Pfizer em fase 2
A Pfizer informou nesta segunda-feira (27) que iniciou a fase 2 do estudo clínico de seu medicamento oral para prevenção da covid-19. Nesta etapa, até 2.660 adultos saudáveis com 18 anos ou mais poderão participar como voluntários. Eles devem morar na mesma casa que um indivíduo que tenha infecção sintomática pelo novo coronavírus. Uma parte do grupo receberá o fármaco PF-07321332 coadministrado com o antirretroviral ritonavir duas vezes ao dia, entre 5 ou 10 dias. A outra parcela dos voluntários receberá placebo. O ritonavir é um medicamento já aprovado e usado em combinação com outros antivirais para tratamento de infectados com HIV. Se o estudo tiver resultados positivos e o PF-07321332 for aprovado por órgãos reguladores, a Pfizer poderá ser a primeira a lançar um remédio oral para tratamento pós-exposição ou preventivo contra a covid.
Surto de desemprego nas favelas
Cerca de 54% dos moradores de três grandes favelas do Rio de Janeiro que tinham emprego formal disseram que os perderam durante a pandemia. Esse foi um dos dados apresentados pela pesquisa “Coronavírus nas favelas: a desigualdade e o racismo sem máscaras”, realizado pelo grupo Movimentos, que detalhou perfis socioeconômicos, violência, covid-19 e acesso à saúde, uso de drogas e impactos da pandemia na saúde mental dos moradores da Cidade de Deus e dos complexos do Alemão e da Maré. De acordo com os pesquisadores, a pandemia escancarou gargalos no mercado de trabalho brasileiro e revelou o chamado desemprego disfarçado, formado por pessoas que perderam suas vagas e tiveram que buscar ocupações secundárias, normalmente informais e precárias, para obter alguma renda.
O que a pesquisa revelou
- 54% dos pesquisados perderam seu emprego formal;
- 62% solicitaram o auxílio emergencial;
- 52% receberam;
- 73% souberam de alguém que morreu de covid;
- 83% ouviram tiros perto de suas casas;
- 40% presenciaram algum episódio de violência doméstica;
- 47% sofreram algum episódio de racismo ou discriminação;
- 93% das vítimas são negros;
- 34% disseram que a ansiedade é o sentimento mais presente em relação à pandemia.
Reforço para quem é HIV positivo
Painel Coronavírus
Vacinados
• 3,61 bilhões no mundo (46,41% da população)
• 6,13 bilhões no mundo (81,73% da população — cumulativo)
• 144,92 milhões no Brasil (67,94% da população)
Segunda dose *
• 2,52 bilhões no mundo (32,7% da população)
• 87,32 milhões de brasileiros (40,94% da população)
* dados aproximados
Casos confirmados no Brasil
• 21.366.395 – acumulado
• 14.423– novos infectados
• 20.361.191 – recuperados
• 410.551 – em acompanhamento
• 10.167,4 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 594.653 – óbitos acumulados
• 210 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 283 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados vacinais atualizados em 27/09/2021, às 19h
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade John Hopkins (EUA) e Fiocruz