Os que negam a vacinação
Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (21) pelo LSE Research Support Fund, do Reino Unido, apontou as razões para a hesitação vacinal entre grupos étnicos minoritários e as falhas do governo britânico e da imprensa em estabelecer um diálogo com essas comunidades. O relatório diz que a mudanças simples na execução de políticas públicas podem fazer grande diferença. Entre as opções que aumentariam a vacinação estariam promover campanhas por meio dos líderes comunitários e religiosos e o uso de centros comunitários ou locais de culto como postos de vacinação. O índice de desconfiança cresceu quando incentivos financeiros foram sugeridos aos entrevistados para receber as doses e diminuiu quando houve a chance deles poderem escolherem a marca do imunizante – dada a escolha, um quinto dos entrevistados que hesitariam se vacinar relataram mudaram de postura. Foram 458 entrevistados, divididos igualmente em oito grupos étnicos: africanos;, bengalis, caribenhos, chineses, europeus orientais, indianos paquistaneses e britânicos brancos.
- Hesitação: as negativas foram maiores entre os caribenhos e europeus do leste, entre os quais quase um terço dos entrevistados disseram ser improvável ou muito improvável que tomem a vacina. Níveis significativos também foram observados nos grupos africano e paquistanês;
- Aceitação: as atitudes positivas foram registradas entre brancos britânicos, chineses, indianos e bengalis.
(na imagem em destaque: em 23 de janeiro deste ano, o secretário de Comunidades do Reino Unido, Robert Jenrick, visitou o Centro Islâmico Al-Abbas, em Birmingham, que foi transformado em um posto de vacinação)
O que MONEY REPORT publicou hoje:
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- Bolsonaro promete ajuda enquanto tanqueiros protestam no RJ, MG e ES
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Longe do gol
Com o avanço da vacinação, óbitos e infecções começam a dar lugar a uma preocupação secundária, a longevidade dos sintomas e sequelas da covid, que pode levar à invalidez. De acordo o jornal Britânico The Guardian, esse efeito silencioso do coronavírus pode ser notado na saúde no futebol. Jogares na Alemanha e na Itália registraram queda de 6% no desempenho após contraírem a doença e menos 5% seis meses depois, apontou uma pesquisa da Heinrich Heine Universität Düsseldorf, da Alemanha, publicada em agosto deste ano. Isso mostra que ao contrário do que se projetava no início da pandemia, não há uma recuperação quase instantânea, como na gripe comum. A pesquisa observa que como a maioria dos infectados é gente que não cuida da saúde em nível atlético, no futuro próximo os sistemas de saúde terão que lidar com quem carrega esse legado da crise sanitária.
1 bilhão de doses indianas
Em uma reviravolta, a Índia comemorou nesta quinta-feira (21) a administração de um bilhão de doses de vacina. O país se vale de sua grande produção local, mas passou por percalços devastadores em sua resposta à pandemia, que já matou 453 mil pessoas. Apenas 30% dos 900 milhões de indianos vacináveis receberam duas doses. O Instituto Serum, maior fabricante de vacinas do mundo, forneceu mais de 80% das doses administradas.
Funcionalismo público de Gaza
Os servidores públicos da autoridade palestina na Faixa de Gaza que recusaram vacinas e acabaram infectados por covid-19 não serão remunerados durante a licença, anunciou o Hamas nesta quinta-feira (21). O movimento havia anunciado em agosto que a medida visava combater as infecções no território e incentivar a vacinação.
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Informe Publicitário
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Gullain-Barré e AstraZeneca
A Agência Regulatória de Saúde e Medicamentos do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) acrescentou um distúrbio nervoso, a síndrome de Gullain-Barré, como efeito colateral extremamente raro da Covishield. As atualizações foram feitas nesta quinta-feira (21).
Novo lockdown russo
Em resposta à alta nas infecções e óbitos, Moscou voltará a adotar medidas de lockdown a partir de 28 de outubro. A informação foi divulgada pelo prefeito da cidade, Sergei Sobyanin (ao fundo), nesta quinta-feira (21). Todas as lojas, bares e restaurantes serão obrigados a fechar, exceto aqueles que vendem produtos essenciais, como supermercados e farmácias. Além disso, o presidente russo, Vladimir Putin (à frente), aprovou na quarta-feira (20) os fechamentos dos escritórios entre 30 de outubro e 7 de novembro.
Novo esquema de reforço nos EUA
A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou na quarta-feira (20) doses de reforço das farmacêuticas Moderna e Janssen. Também disse que os cidadãos poderão escolher a injeção diferente da imunização primária.
Imunizantes
- Moderna: o reforço pode ser administrado pelo menos 6 meses após a inoculaçaõ primária a partir dos 65 anos; em quem sofre de comorbidades entre 18 a 64 anos; com exposição institucional ou ocupacional (profissionais de saúde e funcionários do governo americano) dos 18 a 64 anos;
- Janssen: dose única do reforço pode ser administrada pelo menos 2 meses após o esquema primário em indivíduos acima de 18 anos;
- Pfizer: pelo menos 6 meses após do esquema vacinal primário em indivíduos de 18 a 64 anos com exposição institucional ou ocupacional.
Novas restrições na China
Pequim cancelou centenas de voos, fechou escolas e iniciou uma grande campanha de testes para conter um foco infecções que atingiu um grupo de turistas em viagem doméstica. Eles iniciaram o deslocamento em Xangai (leste), voando para Xi’an (centro) e as províncias de Gansu e da Mongólia Interior (norte). Foram detectadas contaminações em quem manteve contatos próximos com o grupo em pelo menos cinco províncias, incluindo Pequim. Nesta quinta-feira (21), a Comissão Nacional de Saúde da China (NHC, na sigla em inglês) registrou 13 novos casos.
As entregas à Saúde
Painel Coronavírus
Vacinados *
• 3,88 bilhões no mundo (49,8% da população)
• 6,76 bilhões no mundo (90,1% da população — cumulativo)
• 152,1 milhões no Brasil (71,42% da população)
* dados globais aproximados
Segunda dose **
• 2,82 bilhões no mundo (36,3% da população)
• 108,87 milhões de brasileiros (51,1% da população)
** dado global aproximado
Casos confirmados no Brasil
• 21.697.341 – acumulado
• 16.853 – novos infectados
• 20.875.999 – recuperados
• 216.663 – em acompanhamento
• 10.325 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 604.679 – óbitos acumulados
• 451 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 288 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados vacinais atualizados em 21/10/2021, às 19h
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz