Empresa pessimista, governo otimista
O presidente-executivo da farmacêutica Moderna disse que as atuais vacinas contra covid-19 dificilmente serão tão eficazes contra a variante ômicron, provocando uma nova preocupação com a trajetória da pandemia nos mercados financeiros. “Não existe um mundo na qual [a eficácia] é do mesmo nível que tivemos com a delta”, disse o presidente-executivo da Moderna, Stéphane Bancel (imagem), em entrevista ao Financial Times. As declarações dispararam uma onda de aversão ao risco que deu o tom dos mercados globais hoje. Já o ministro da saúde de Israel, Nitzan Horowitz, sugeriu que os indivíduos totalmente vacinados também podem ser protegidos contra a variante, se forem adotadas doses de reforço. Sem citar nenhum dado, Horowitz afirmou: “Nos próximos dias teremos informações mais precisas sobre a eficácia da vacina contra Ômicron – mas já há espaço para otimismo, com indicações que os imunizados [há seis meses ou menos] ou os que já ganharam a inoculação extra, também estariam protegidos da variante”.
O que MONEY REPORT publicou hoje:
- Anvisa confirma os dois primeiros casos da ômicron no Brasil
- Como viajar à Europa antes que a ômicron feche as fronteiras
- Desemprego recua para 12,6%
- Inflação na Zona do Euro atinge recorde de 4,9% em novembro
Dificuldade na confirmação de brasileiro
Um dos passageiros brasileiros que passou pela África do Sul e testou positivo para covid-19 no desembarque no Brasil estava com uma carga viral tão baixa, o que pode dificultar testes e impedir a verificação de qual variante carrega. A suspeita é que ele também possa ser portador da variante ômicron. Em quarentena, seus testes foram enviados para sequenciamento no Instituto Adolfo Lutz no último domingo (28). O resultado do deve ser entregue nesta quarta-feira (1º).
Japão e França detectam variante
Os primeiros casos da ômicron do coronavírus foram confirmados nesta terça-feira (30) no Japão e na França. As infecções ocorrem no momento em que países começam a fechar novamente suas fronteiras para conter novas ondas da doença, possibilidade considerada muito alta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A nova mutação do patógeno já foi detectada em 20 países, incluindo o Brasil.
____________________________________________
Informe Publicitário
____________________________________
Vacina sob medida em até 4 meses
A Agência Europeia de Medicamento (EMA) afirmou nesta terça-feira (30) que pode aprovar vacinas adaptadas para a variante ômicron dentro de três ou quatro meses, se necessário. O órgão deixou claro que os imunizantes existentes continuam a oferecer proteção, mas uma nova versão seria melhor.Ao Parlamento Europeu, Emer Cooke, diretora-executiva da EMA, disse que ainda não se sabe se as farmacêuticas terão que alterar significativamente suas vacinas para proteger as pessoas, mas que a agência está se preparando para esta possibilidade.
.
Ômicron e seus estragos econômicos
Pela primeira o presidente do Federal Reserve (o Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, comentou sobre a variante: “O recente aumento de casos de covid-19 e o surgimento da variante ômicron representam riscos negativos para o emprego e a atividade econômica e aumentam a incerteza sobre a inflação”. Ele gravou seu depimento na segunda-feira (29), para a sua audiência no Comitê Bancário do Senado, ocorrida hoje.
Há dias na Europa
A ômicron já estava circulando pela Europa pelo menos 11 dias antes de a África do Sul alertar para a descoberta da cepa. A informação foi confirmada nesta terça-feira (30) pelas autoridades de saúde da Holanda.
Pfizer para vacinados com Janssen
Painel Coronavírus
Vacinados
• 897,9 milhões no mundo (11,4% da população com a primeira dose) *
• 7,99 bilhões de doses distribuídas (102,54% da população global — cumulativo, incluindo doses de reforço e estoques) *
• 22,65 milhões no Brasil (10,61% da população)
* dados globais aproximados
Segunda dose *
• 3,38 bilhões no mundo (42,98% da população)
• 136,15 milhões de brasileiros (63,8% da população) *
* dado global aproximado
Casos confirmados no Brasil
• 22.094.459 – acumulado
• 9.710 – novos infectados
• 21.321.631 – recuperados
• 158.147 – em acompanhamento
• 10.513,8 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Mortes confirmadas no Brasil
• 614.681 – óbitos acumulados
• 305 – novas vítimas fatais
• 2,8% – letalidade
• 293,5 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Dados nacionais atualizados em 30/11/2021, às 18h
Fontes: Ministério da Saúde, secretaria estaduais e municipais de saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), consórcio de veículos de imprensa, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Universidade Johns Hopkins