Anvisa aprova tudo do consórcio
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu que as vacinas compradas pelo Ministério da Saúde no âmbito do Consórcio Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), estão dispensadas da exigência de registro e de autorização temporária de uso emergencial. O Brasil deve receber um total de 42 milhões de doses de vacinas, o suficiente para 10% da população brasileira (considerando a dupla dose) por R$ 2,5 bilhões. Vale destacar que o governo federal optou pela cota mínima durante as negociações, no final de setembro, e optou por não ampliar a compra.
Norte sofre colapso em cadeia
O sistema de saúde pública de Rondônia entrou em colapso e os pacientes estão sendo transferidos para outros estados. Os 291 leitos de UTI do SUS estão ocupados e o secretário estadual de Saúde, Fernando Máximo, explicou que não há como aumentar a oferta. “Mesmo que apareçam muitos médicos não tem mais estrutura física”, afirmou ao G1. Ao todo, 26 pessoas aguardam por vagas nas UTIs e 27 foram transferidas ao Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. No Acre, o aumento de casos sobrecarregou o sistema de saúde e os leitos de UTI também estão ocupados, assim como no hospital de campanha montado em Rio Branco. Há falta de médicos. A cidade de Cruzeiro do Sul, na fronteira com Bolívia, passa por uma situação particular. Bolivianos vêm ao Brasil para se tratar e isso tem causado sobrecarga nas unidades de saúde. “Os profissionais precisam escolher quem vai ocupar o leito”, afirmou Guilherme Augusto Pulici, presidente do Sindicato dos Médicos do Acre à CNN Brasil. Em nota, a secretaria de Saúde do Acre afirmou que tenta criar novos leitos.
Barreira epidemiológica
As defensorias públicas do Amazonas (DPE-AM) e da União (DPU) entraram com uma ação na Justiça Federal para obrigar o Ministério da Saúde a entregar mais vacinas em Manaus, Manacapuru, Tefé, Iranduba, Itacoatiara, Parintins, Coari e Tabatinga em até 30 dias. O objetivo é formar uma barreira epidemiológica contra a nova cepa que circula na região e, assim, evitar que contaminação se espalhe pelo território nacional.
CoronaVac x variantes
Uma reportagem da BBC Brasil apontou que, apesar de a CoronaVac ter demonstrado uma eficácia global de 50,38%, o que provocou críticas, as opiniões podem mudar. Pesquisas apontaram que seu concorrente, o imunizante da AstraZeneca/Oxford, é apenas 10% eficaz contra a variante sul-africana. Já a CoronaVac poderia ser mais efetiva contra essa e outras variantes. “Diferentemente das outras vacinas, a CoronaVac aposta no vírus inteiro inativado, não apenas no gene da spike. Com isso, várias células do sistema imune são ativadas e produzem outros anticorpos, não só os neutralizantes”, explicou a microbiologista Ana Paula Fernandes, pesquisadora do Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (CTV-UFMG).
Os 19 da Câmara
A revista Época revelou que uma semana após as eleições às presidências à Câmara e ao Senado, realizadas presencialmente, 19 deputados foram diagnosticados com covid-19. O balanço foi contabilizado pelo Serviço de Emergências Médicas da Câmara, que não revelou os nomes. Um fator pode ter sido determinante. A comemoração do novo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), reuniu 300 pessoas no Lago Sul de Brasília. Imagens mostraram falta de uso de máscaras pela maioria e nenhum distanciamento entre os convidados.
Sputnik avança
O Irã iniciou sua campanha de imunização nesta terça-feira com a Sputnik V, do Instituto Gamaleya. O anúncio foi feito pelo presidente iraniano, Hassan Rohani, na TV estatal do país. Enquanto a campanha acontece no Irã, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou o pedido de registro da vacina russa para avaliação. Se aprovada, 27 países pertencentes ao bloco poderão aplicar o imunizante.
EUA distribuem mais doses
O Twitter oficial da Casa Branca para a Covid-19 anunciou que serão disponibilizadas nos EUA semanalmente cerca de 11 milhões de doses aos estados, territórios e povos nativos. Um aumento 28% em relação ao fornecimento da gestão de Donald Trump.
Em busca das origens
A equipe de pesquisadores da OMS enviada à Wuhan para analisar as origens da pandemia afirmou que é improvável que o coronavírus tenha escapado de um laboratório. A opção mais provável é a transmissão via outros animais. “As descobertas sugerem que a hipótese de se tratar de um incidente em um laboratório é extremamente improvável”, afirmou o especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS, Peter Ben Embarek. A informações falsas contra Pequim surgiram após chegar ao conhecimento do público que o Instituto de Virologia de Wuhan construiu um arquivo detalhado de informações genéticas sobre coronavírus em morcegos, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de 2003. “As nossas descobertas iniciais sugerem que a entrada por meio de uma espécie hospedeira intermediária é o caminho mais provável, o que exigirá estudos e pesquisas específicas”, destacou Embarek.
Cuidados pós-covid
A cura da covid-19 não é o suficiente. Médicos de diferentes especialidades ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo apontam que após a infecção, os pacientes precisam fazer um check-up para avaliar se o vírus deixou alguma sequela em órgãos vitais (coração, pulmão, cérebro etc.). A principal dica é avaliar se há sintomas persistentes mesmo após o fim do ciclo da doença, como cansaço, dores de cabeça, perda de memória e dificuldades para realizar atividades físicas ou rotineiras.
Máscaras nas salas de aula francesas
O governo da França determinou a obrigatoriedade de máscaras em escolas dos ensinos fundamental e médio. Alunos, professores e funcionários devem adotar os modelos cirúrgicos do tipo 1, com filtragem superior a 90%. Modelos artesanais de tecido estão proibidos.
FAQ do Instituto Butantan
O que mais MONEY REPORT publicou hoje
- Mais velho do Senado, José Maranhão morre por complicações da covid-19
- Luto pela morte de senador adia Comissão de Orçamento
Painel Coronavírus
Dados atualizados em 09/02/21 – 19h30
Vacinados
- 134,65 milhões* (1,91% da população global)
- 4,05 milhões* (1,91% da população brasileira)
* Considerando as duas doses, quando for o caso
Casos confirmados
• 9.599.565 – acumulado
• 51.486 – casos novos
• 8.523.462 – casos recuperados
• 842.583 – em acompanhamento
• 4.568,0 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Óbitos confirmados
• 233.520 – óbitos acumulados
• 1.350 – óbitos novos
• 2,4% – Letalidade
• 111,1 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa e Faculdade Johns Hopkins (EUA)