Primeira imunizada recebe sua segunda dose
A enfermeira Mônica Calazans (imagem), conhecida por ser a primeira imunizada do Brasil, recebeu a segunda dose da CoronaVac no Palácio dos Bandeirantes, nesta sexta-feira (12). A primeira aplicação ocorreu em 17 de janeiro. Ela aproveitou para discursar em defesa dos profissionais de saúde e denunciou os ataques que sofre nas redes sociais, pedindo que parassem de acusá-la de atuar em prol do governo paulista. “Com tantas mortes, não existe teatro. É uma realidade que todos nós estamos vivendo”, afirmou. O padre Júlio Lancellotti, 72 anos, que atua com moradores de rua, recebeu sua primeira dose.
Lira pressiona Anvisa
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adote melhores práticas e faça intercâmbios com agências internacionais para dar celeridade às autorizações de imunizantes no Brasil. Lira declarou que não se trata de enquadrar a reguladora, mas de fazer “tudo pelas vacinas”. Se antes o discurso do Planalto era negacionista, aparentemente mudou. A pauta da retomada do crescimento econômico está agora alinhada com a ampla capacidade de imunização – que ocorre lentamente, se comparada com campanhas anteriores. Vale lembrar que recentemente uma medida provisória (MP) determinou que a agência conceda em até 5 dias uma autorização excepcional às vacinas, o que é criticado pelo presidente Anvisa, Antônio Barra Torres.
Congresso contaminado
Desde que o Congresso aderiu aos trabalhos semipresenciais, pelo menos 35 pessoas foram contaminadas entre servidores, prestadores de serviços e parlamentares (27 na Câmara e 8 no Senado), aponta levantamento do site Congresso em Foco. Alguns deputados e senadores frequentam as sessões sem o uso correto das máscaras e sem respeitar o distanciamento social.
SP tende a estabilidade, mas nem tanto
Após o período crítico das festas de final de ano, o número de mortes por covid-19 apresenta tendência à estabilidade no estado de São Paulo. A situação é parecida com a de novembro, quando as contaminações voltaram a crescer, apontou reportagem do jornal Folha de S.Paulo. A maior preocupação é com a disseminação das novas variantes antes que a campanha de imunização surta efeito coletivo. O infectologista do Instituto Emílio Ribas e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Leonardo Weissmann, ressaltou que não há motivo para comemoração. Para ele, as medidas atuais de contenção não são suficientes para controlar a pandemia. “Situação semelhante foi observada em meados de 2020. Quando alguns comemoravam o platô, nós [SBI] alertamos que isso não fazia sentido”, explicou Weissmann. O estado de São Paulo soma 1,9 milhão de casos e 55,4 mil mortes por covid-19.
Cloroquina II – A Missão
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em seu Twitter que após conversar com o presidente israelense, Benjamin Netanyahu, o Brasil participará dos testes da fase 3 do spray nasal EXO-CD24. O medicamento é comemorado por Israel como uma possível terapia eficiente contra a covid-19. A droga está sendo desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov, na capital Tel Aviv.
Vacinas começam a faltar
Com o estoque de vacinas perto do fim e sem uma previsão de recebimento de mais lotes nos próximos dias, as prefeituras de algumas capitais já restringem o público-alvo inicial definido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), revelou a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo. A cidade do Rio de Janeiro informou ter doses somente até este sábado (13). Florianópolis, Aracaju, Curitiba e Natal relatam o mesmo problema. Em São Paulo, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, reconheceu a escassez e a necessidade do envio de novos lotes, mas destacou que na capital paulista a vacinação do público prioritário está garantida. O Ministério da Saúde afirmou que enviou um ofício aos estados e municípios, em 8 de fevereiro, explicando o protocolo para o risco de desabastecimento. Porém, a pasta não informou quando devem ser entregues os novo lotes e qual será a vacina priorizada: Coronavac (Sinovac/Butantan) ou a AstraZeneca/Oxford.
CarnaSUS
O Ministério da Saúde informou que recebeu da Ambev a doação de 5 mil caixas térmicas que seriam utilizadas no carnaval deste ano por ambulantes. Após serem adaptadas, as caixas garantirão o “transporte seguro” de três milhões de vacinas. “As estruturas estão sendo adaptadas para uso médico, com a colocação de termômetros que viabilizam o controle de temperatura e serão destinadas às secretarias estaduais de Saúde de 26 estados e Distrito Federal”, informou. A ideia é utilizar as caixas para abastecer locais de difícil acesso.
Piñera recebe primeira dose
O presidente chileno, Sebastian Piñera, foi imunizado com a primeira dose. Não foi divulgado qual imunizante lhe foi aplicado. O Chile aprovou para uso emergencial a CoronaVac (Sinovac) e a Pfizer/BioNTech.
21% dos britânicos
O Reino Unido pode comemorar. O país já aplicou 14 milhões de doses (considerando a primeira) em sua população. Isso significa que 21% dos cidadãos estão parcialmente seguros. Vale lembrar que os britânicos iniciaram a primeira campanha de imunização contra a covid.
O que mais MONEY REPORT publicou hoje
- Exame: para 73%, aprovação do governo depende de uma vacinação mais rápida
- Sem carnaval, Rio de Janeiro perde R$ 5,5 bilhões
- Pacheco e governadores se reúnem para definir prioridades
Painel Coronavírus
Dados atualizados em 12/02/21 – 18h30
Vacinados
- 165,6 milhões no mundo * (2,3% da população)
- 4,7 milhões no Brasil * (2,22% da população)
* Considerando as duas doses, quando for o caso
Casos confirmados
• 9.765.455 – acumulado
• 51.546 – casos novos
• 8.678.327 – casos recuperados
• 849.639 – em acompanhamento
• 4.647,0 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Óbitos confirmados
• 237.489 – óbitos acumulados
• 1.288 – óbitos novos
• 2,5% – Letalidade
• 113,0 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa e Faculdade Johns Hopkins (EUA)