Duas doses de CoronaVac garantidas para 50 milhões
O Ministério da Saúde assinou um contrato com o Instituto Butantan para a compra de 54 milhões de doses da Coronavac nesta segunda-feira (16). Vale lembrar que no final de janeiro, a pasta explicou que a aquisição estava confirmada, mas o contrato não estava assinado. Agora, essas doses se somarão às 46 milhões já adquiridas pela Saúde para o Plano Nacional de Imunização (PNI). Considerando duas inoculações, há CoronaVac para cerca de 25% dos brasileiros. Entre o final de fevereiro e o início de março, o governo brasileiro deve fechar a compra de até 332,2 milhões de doses de quatro imunizantes (CoronaVac, AstraZeneca/Oxford, Sputnik V e Covaxin), garantindo duas inoculações para 166,1 milhões de brasileiros em 2021, o que equivaleria a mais de 78% da população. Pelos cálculos dos epidemiologistas, com 70% de vacinados, a pandemia seria barrada.
Covid longa
Uma pesquisa de hospitais e institutos brasileiros integrados à estratégia da Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia as possíveis sequelas mentais e físicas após a cura da covid-19. O estudo sobre a chamada covid longa acompanhou mais de 1,2 mil pacientes. Os resultados definitivos devem ser divulgados até início de 2022. O estudo é um dos nove desenvolvidos pela aliança formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa, de São Paulo, e Moinhos de Vento, de Porto Alegre, em conjunto com o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).
Cepa amazonense chega ao Rio
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a detecção da variante amazonense no Rio de Janeiro. Até o momento não há dados que relacionem essa variante a quadros mais graves de covid-19, porém as mutações identificadas nela são semelhantes às encontradas no Reino Unido e na África do Sul. Sobre estas já se sabe que possuem maior capacidade de transmissão.
Natal à beira do colapso
Após a taxa de ocupação dos leitos de UTI da cidade de Natal (RN) chegou a 90% para pacientes da pandemia. Diante disso, a prefeitura informou que abrirá mais 10 leitos no hospital de campanha. Porém, o que se destacou foi a Secretaria Municipal de Saúde ter voltado a recomendar a ivermectina. A farmacêutica Merck, que desenvolveu o medicamento, já afirmou que o produto não possui eficácia contra a doença. Ao G1, o prefeito, Álvaro Costa Dias (PSDB), explicou que pretende reforçar as políticas de prevenção contra a doença voltadas ao tratamento precoce.
Fronteiras vigiadas
Especialistas brasileiros e uruguaios analisam o genoma dos casos de coronavírus entre os dois países. O objetivo é entender como a doença se comporta nas cidades de Rivera (Uruguai) e Rocha (Brasil), aponta a BBC Brasil. Para os cientistas, a integração entre os moradores de ambos os países pode fazer surgir novas cepas, que por sua vez circulariam mais livremente se não houver monitoramento. “O grupo detectou uma cepa de origem brasileira que predomina atualmente no Rio Grande do Sul, porém não gera infecções graves”, destacou a Universidade da República (Udelar). Participam do grupo profissionais brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e uruguaios do Instituto Pasteur, da Udelar, do Instituto de Pesquisas Biológicas Clemente Estable (IIBCE) e do Sanatório Americano, de Montevidéu.
Queda da pandemia nos EUA
Nas últimas duas semanas, os Estados Unidos registraram quedas nas infecções e nas mortes por covid-19 de, respectivamente, 39% e 18%. Além disso, as internações caíram 28%, indica a Faculdade Johns Hopkins. As imunizações em massa seriam a principal explicação para a desaceleração da pandemia, explicaram as autoridades de saúde, ainda que o percentual de americanos imunizados seja considerado relativamente baixo. Todavia, em meio aos bons resultados os estados da Califórnia, Geórgia e Nova York já registraram desabastecimento nos estoques de vacina. Com isso, o temor de que os casos voltem a crescer preocupa as autoridades. Além disso, foi detectada a variante sul-africana em um paciente transferido de Connecticut à cidade de Nova York. O governador, Andrew Cuomo (imagem), afirmou que até o momento não há indício de transmissão local da variante no estado, mas alertou para a necessidade de cuidados redobrados.
Colômbia recebeu seu primeiro lote
Foi divulgado pelo governo colombiano o recebimento do primeiro lote de 50 mil vacinas das 61,5 milhões compradas pelo país na noite de segunda-feira (15). As doses chegaram ao Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá. A Colômbia soma quase 2,2 milhões de casos confirmados, com quase 58 mil vítimas fatais e uma média de 3,5 mil novos infectados por dia.
Coreia do Norte tentou roubar a fórmula da Pfizer
O serviço de inteligência sul-coreano informou que a Coreia do Norte tentou invadir os servidores da farmacêutica Pfizer para roubar a tecnologia da vacina contra a covid-19. Não ficou claro quando teria ocorrido a tentativa e se o ataque foi bem-sucedido. Curiosamente, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o país não foi afetado pela pandemia por ser fechado ao mundo. Porém, os norte-coreanos solicitaram quase 2 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford por meio do Consórcio Covax, da OMS.
Arce comemora aquisição da Covax
O presidente da Bolívia, Luis Arce, celebrou a aprovação da AstraZeneca/Oxford pelo Consórcio Covax. Pelo Twitter, ele destacou que entre este e outros imunizantes, o país conta com mais de 15 milhões de doses comprometidas. A Bolívia tem 11,6 milhões de habitantes.
O que mais MONEY REPORT publicou hoje
Painel Coronavírus
Dados atualizados em 16/02/21 – 19h30
Vacinados
- 184 milhões no mundo * (2,45% da população)
- 5,6 milhões no Brasil * (2,6% da população)
* Considerando as duas doses, quando for o caso
Casos confirmados
• 9.921.981 – acumulado
• 55.271 – casos novos
• 8.883.191 – casos recuperados
• 797.850 – em acompanhamento
• 4.721,0 – incidência por grupo de 100 mil habitantes
Óbitos confirmados
• 240.940 – óbitos acumulados
• 1.167 – óbitos novos
• 2,5% – Letalidade
• 115,0 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes
Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa e Faculdade Johns Hopkins (EUA)