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Nº 90: profissionais mortos; o pior em março; Brasil imunizado, só em 2022

Mais um recorde triste

O Brasil bateu mais um recorde neste mês de março e parece confirmar as piores previsões dos especialistas. Nesta terça-feira (9), 1.972 óbitos foram registrados em 24 horas.

A cada 19 horas

Enfermeiros são as maiores vítimas da covid-19 na linha de frente, aponta Cofen

Após um ano de covid-19, pelo menos 484.081 profissionais de saúde contraíram covid-19 até 1° de março. Destes, 470 faleceram, o que dá 1,3 morte por dia ou uma a cada 19 horas, aponta o levantamento do Ministério da Saúde. E há chance destes números serem maiores, já que há subnotificações, apontam o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e Conselho Federal de Medicinal (CFM).

Covaxin emergencial

Por videoconferência, nesta terça-feira (9) o laboratório Precisa entregou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de autorização para uso emergencial do imunizante Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech.

Março, o pior mês

A microbiologista Natália Pasternak e o neurocientista Miguel Nicolelis explicaram ao UOL, nesta terça-feira (9), que a falta de planejamento do Ministério da Saúde fará com que março seja o pior mês da pandemia no Brasil. “Durante 2020, fomos testemunhas de diversas tentativas do governo de boicotar medidas restritivas que poderiam ter um efeito positivo”, afirmou Pasternak. “Não podemos depender de duas vacinas somente. Precisamos de um lockdown nacional com um aumento dramático da vacinação e precisamos de uma campanha de informação nacional, clara e direta”, afirmou Nicolelis.

Sputnik V na Itália

O governo russo fechou um contrato para produzir a Sputnik V em Milão, na Itália. O acordo foi com a Adienne Pharma foi divulgado hoje (9). O Fundo Soberano Russo (RDIF, na sigla em inglês) também negocia com empresas da Alemanha e da França. A solução russa ganha força na Europa ocidental diante da relativa escassez de vacinas.

União deixa de financiar leitos de UTI

UTI em Porto Alegre (RS), no final de fevereiro: verba estadual

Do primeiro pico da pandemia, em julho de 2020, ao segundo, em março de 2021, houve uma redução dos leitos em unidades de terapia intensiva (UTI) financiados pela União nos estados, aponta o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). De 11.565, a quantidade passou para 3.372. Essa queda ocorreu em um contexto de colapso nos hospitais de todas as regiões do Brasil. Em 1° de março, 19 dos 27 estados e o Distrito Federal estavam com lotação nas UTIs acima de 80%, aponta a Fiocruz. Em dezembro, o Ministério da Saúde financiava 60% dos leitos do SUS. Esse percentual caiu pela metade em janeiro. Em fevereiro, passou a representar apenas 15%. O motivo foi o término, em 31 de dezembro, da vigência do decreto de estado de calamidade, que permitia a transferência de recursos extraorçamentários. Para garantir o atendimento nos hospitais, os estados encamparam os novos leitos por recursos próprios.

Nova rodada de auxílio acaba com quase 30% de vacinados. Essa é a conta otimista. Confira:

  • De 1º/02 (2,1 milhões) até 03/03 (8,8 milhões): 6,7 milhões de doses em 30 dias, perfazendo 3,17% da população brasileira.
  • De 03/03 (8,8 milhões) até 09/03 (10,9 milhões): 2,1 milhões de doses administradas na primeira semana de março, perfazendo mais 0,99% dos brasileiros.
  • Perspectiva pessimista: o auxílio emergencial vigorará por quatro meses. Se a vacinação continuar no atual ritmo, o país terá 37,7 milhões de imunizados (considerando só a primeira dose) no início de julho. Eles serão 17,8% da população. Esse índice é insuficiente para garantir qualquer segurança sanitária necessária ao retorno da “normalidade”.
  • Perspectiva nem tão otimista: se o Brasil acelerar a vacinação, é possível que por volta da virada para a segunda quinzena de abril tenhamos mais 28 milhões de doses únicas aplicadas, perfazendo 38,9 milhões de pessoas (18,4%), o que supera a perspectiva anterior. Assim, na virada da quinzena de julho, seriam alcançados 122,9 milhões de doses, atendendo 61,4 milhões de pessoas com duas doses, perfazendo 29% da população.
  • Para bloquear a transmissão seria preciso inocular a partir de 70% da população, cerca de 148 milhões, o que só ocorreria perto do final de janeiro sem uma grande aceleração no programa nacional.

O que mais MONEY REPORT publicou

Painel Coronavírus

Dados atualizados em 09/03/21 – 20h21

Vacinados

  • 312,2 milhões no mundo * (4,16% da população)
  • 10,9 milhões no Brasil * (5,16% da população)
    * Considerando as duas doses, quando for o caso

Leitos de UTI

  • 80% de ocupação total em 16 estados brasileiros e no DF*
    * Não há uma contagem sistemática e centralizada dos leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada do país. O levantamento de MR é baseado nas informações veiculadas na imprensa

Casos confirmados
• 11.122.429 – acumulado
• 70.764 – casos novos
• 11.122.429 – casos recuperados
• 1.010.841 – em acompanhamento
• 5.293,0 – incidência por grupo de 100 mil habitantes

Mortes confirmadas
• 268.370 – óbitos acumulados
• 1.972 – novas vítimas fatais
• 2,5% – Letalidade
• 128,0 – mortalidade por grupo de 100 mil habitantes

Fontes: Ministério da Saúde, consórcio de veículos de imprensa, Universidade Johns Hopkins (EUA) e Fiocruz

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