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Pólio, cólera, covid, varíola; Pfizer de 15 meses; barreiras para indígenas

Quatro grandes ameaças nas Américas

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, alertou na quarta-feira (13) para quatro emergências sanitárias que ameaçam a região das Américas: o recente surto de cólera no Haiti, os casos de varíola dos macacos, as infecções por covid-19 e as baixas taxas de vacinação contra a poliomielite. A pólio é a maior preocupação. “A pólio, uma doença para a qual não há cura ou tratamento, deve tornar-se uma coisa do passado”, frisou a diretora da Opas. “Com vacinas eficazes e décadas de experiência em imunização, temos o poder de mantê-la a distância”, concluiu Etienne.

  • Cólera – Depois de mais de três anos, o Haiti relatou um surto na primeira semana de outubro, justamente quando estava prestes a ser declarado livre da doença. Os primeiros informes citam 32 casos e 18 mortes, além de 260 casos suspeitos na região da capital, Porto Príncipe.
  • Varíola dos macacos – Há mais de 45 mil casos relatados nas Américas – 63% do total registrado em todo o mundo. Cerca de 95% das infecções são em homens. Na segunda semana de outubro foram contabilizados 2,3 mil novos casos na região, sobretudo nos Estados Unidos, Brasil, Colômbia e México.
  • Covid – A tendência de queda nos casos em todo o mundo, inclusive nas Américas, mostra uma possível transição da fase aguda para um período de controle sustentado. Na segunda semana de outubro a região registrou 178 mil novos casos da doença. Para a Opas, a transição só será alcançado por meio da continuação da testagem e do aumento da vacinação. Embora mais de 70% da população esteja imunizadas contra a covid, dez países e territórios ainda não atingiram 40% de cobertura vacinal.
  • Pólio – Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru estão classificados como “em risco muito alto” de sofrer um surto da doença, enquanto oito nações são consideradas “de alto risco”.

Rio intensifica busca ativa contra a pólio

Com a cobertura vacinal de apenas 51%, cerca de 160 mil crianças de 1 a 4 anos ainda não foram levadas aos postos para receber a dose extra da vacina contra a paralisia infantil no município do Rio de Janeiro. “O esquema vacinal da pólio é composto por doses aos dois, quatro e seis meses de idade, e mais uma gotinha aos 15 meses e aos 4 anos. Em complemento, está sendo aplicada mais uma dose de reforço para crianças entre um e quatro anos”, informou a secretaria municipal de Saúde. A intenção também é atualizar a caderneta de vacinação das crianças entre 2 meses e 14 anos. “Para garantir que estejam em dia com todas as vacinas recomendadas para cada faixa etária”, completou.

O que MONEY REPORT publicou

Vacina da Pfizer ganha validade de 15 meses

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou ainda na segunda-feira (10) a ampliação do prazo de validade de vacinas Comirnaty (Pfizer) contra a covid. Segundo o órgão, o prazo será de 15 meses para o imunizante destinado a adultos, que é identificado com a tampa roxa. A Anvisa informou que a medida vale para vacinas com validade inicial de nove e 12 meses, que passarão a ter seis e três meses adicionais, respectivamente. A medida foi feita a partir da aprovação da gerência de produtos biológicos da agência. “Também foi considerado que as medidas indicadas pela empresa Pfizer/Wyeth permitem a manutenção da rastreabilidade e identificação quanto ao prazo de validade dos lotes já distribuídos da vacina”, informou o órgão. A Comirnaty na versão pediátrica (tampas laranja e vinho) não teve alteração e continua com prazo de validade de 12 meses. 

Senado aprova barreiras sanitárias em terras indígenas

Na quinta-feira (13), o Senado aprovou uma medida provisória (MP 1.121/2022) que prevê a instalação de barreiras sanitárias em áreas indígenas para controlar o trânsito de pessoas e de mercadorias. O objetivo é evitar o contágio e disseminação da covid-19 nessas áreas. O texto segue para promulgação. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), 1.324 indígenas morreram vítimas da covid desde março de 2020, com 162 povos afetados e mais de 75 mil casos confirmados outubro. Outras MPs com a mesma finalidade editadas em 2020 e 2021 foram aprovadas pelo Congresso, mas previam um período determinado de validade. A última norma vigorou até dezembro do ano passado. O ministro da Justiça pode editar atos complementares para o cumprimento efetivo da proteção sanitária.

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