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Próximas pandemias; para dengue; surto na China; doses bivalentes

 Mundo se prepara para próxima pandemia

Há três anos foi identificado o primeiro caso de covid-19 na China, início de uma doença que se espalhou por todo mundo e que agora deve servir de lição para a próxima pandemia, segundo especialistas. Os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram as negociações internacionais para combater futuras pandemias. Já o Banco Mundial criou um fundo específico, alimentado pelos países do G20 (da ordem de US$ 1,6 bilhão até o momento).

Uma morte por dia entre crianças

Dados da Fiocruz/Unifase mostram que no Brasil a covid provocou uma morte por dia entre crianças de seis meses a cinco anos em 2022. Foram 314 óbitos entre 1° de janeiro e 11 de outubr. Mesmo com vacinas aprovadas, o ritmo de imunização segue lento para o público desta faixa etária. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 7% dos que têm de três a quatro anos receberam duas doses de vacina até 28 de novembro.

O que MONEY REPORT publicou

Transmissão em alta em SP

Os dados da semana epidemiológica mais recente (4 a 10 de dezembro de 2022) mostram um novo aumento na transmissão do vírus da covid no estado de São Paulo. Houve aumento no número de novos casos/dia (+55%), novas internações (+13%) e quantidade de óbitos (+67%). Os dados são compilados semanalmente pelo comitê científico que assessora o governo do Estado e reproduzidos no Boletim Epidemiológico USP-Covid junto com dados sobre a pandemia na USP.

Morte de ex-diretor do Instituto Butantan

Morreu na noite de terça-feira (13) o pesquisador e médico Isaias Raw, aos 95 anos, em São Paulo. Perseguido pela ditadura militar, Raw saiu do país e foi professor visitante de universidades renomadas, como Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, dedicou-se ao desenvolvimento de vacinas no Instituto Butantan, do qual foi diretor. Ele também foi presidente da Fundação Butantan, entidade privada que administra os recursos do instituto, e da Fundação Carlos Chagas, da qual foi o idealizador, além de ser titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Fim da emergência em 2023

Passadas as fases mais agudas da covid e da monkeypox, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou na quarta-feira (14) que as doenças podem deixar de ser emergências de saúde pública em 2023. Ele disse que o comitê de emergência da entidade começará a discutir como será o fim da fase de emergência da covid em janeiro.

Casos de covid explodem em Pequim

 Pequim foi atingida por um surto significativo e crescente — a primeira vez na capital chinesa desde o início da pandemia, uma semana depois que os líderes afrouxaram a política restritiva de covid. O impacto do surto na cidade foi visível no sofisticado bairro comercial de Sanlitun na terça-feira (13). As lojas e restaurantes geralmente movimentados estavam sem clientes e, em alguns casos, funcionando com equipes mínimas ou oferecendo apenas para viagem. A onda sem precedentes de casos na China também provocou pânico na compra de remédios para febre, analgésicos e até remédios caseiros, como pêssegos enlatados, provocando escassez nas lojas físicas e virtuais.

Novas doses da vacina bivalente

Até segunda-feira (19), o Brasil deve ter um estoque de cerca de 9 milhões de doses de vacinas bivalentes, capazes de proteger contra a ômicron original e a sua variante BA1. Essa é a promessa do Ministério da Saúde, que no último dia 13 de dezembro recebeu 1,4 milhão de novas doses da vacina fabricada pela Pfizer.

Vacina contra a dengue do Butantan tem 80% de eficácia

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan obteve 79,6% de eficácia. De acordo com a instituição, o acompanhamento de um grupo de 16 mil participantes por dois anos não registrou nenhum caso grave da doença entre os imunizados. A fase de estudos clínicos começou em 2016, com 10 mil voluntários com idades entre 2 e 59 anos. Mais 6 mil pessoas receberam um placebo. A incidência de dengue sintomática foi avaliada a partir dos 28 dias da inoculação e seguiu por dois anos. O estudo prosseguirá o acompanhamento até 2024. A eficácia da vacina foi ainda maior entre as pessoas que haviam contraído a doença antes do estudo, chegando a 89,2%. Entre as que nunca tiveram contato com o vírus, a eficácia ficou em 73,5%. A dose protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. No entanto, no período da pesquisa, apenas os tipos 1 e 2 estavam em circulação no Brasil. A eficácia para evitar a infecção por essas variedades ficou em 89,5% e 69,6%, respectivamente.

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